Vendas e lançamentos imobiliários caem na capital paulista 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Vendas e lançamentos imobiliários caem na capital paulista 

Um total de 3.362 unidades residenciais novas foi comercializado em janeiro na cidade de São Paulo, 23,9% acima das 2.713 unidades comercializadas em janeiro do ano passado e 61,8% inferior às vendas registradas em dezembro de 2020 (8.799 unidades). No acumulado de 12 meses até janeiro de 2021, as 52.066 unidades comercializadas representaram um aumento de 3,5% em relação ao mesmo período anterior quando foram negociadas 50.315 unidades.

As informações são da pesquisa mensal realizada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação). De acordo com o levantamento, em janeiro, foram lançadas 1.794 unidades residenciais, 92,1% menos que em dezembro de (22.584 unidades) e 1.072,5% acima do total de janeiro de 2020 (153 unidades).

No acumulado de 12 meses até janeiro, os lançamentos na capital paulista somaram 61.619 unidades, 5,5% abaixo das 65.179 unidades lançadas no mesmo período anterior.

“A alta nas vendas em relação ao mesmo período de 2020 é um sinal positivo, pois demonstra que o mercado continua com bom desempenho”, analisou Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

Para o presidente do Secovi-SP, Basilio Jafet, além do equacionamento de questões como o preços dos materiais de construção e do Plano Diretor da capital paulista, há outras medidas necessárias para o crescimento do setor imobiliário e da economia. “Vacinação em massa da população, discussão e aprovação das reformas administrativa e tributária, aprovação da PEC 186 são iniciativas indispensáveis para a efetiva retomada da economia, com geração de empregos”, disse.

VGV e VSO 

O VGV (Valor Global de Vendas) do primeiro mês deste ano atingiu R$ 1,4 bilhão, 68,4% abaixo do registrado em dezembro (R$ 4,6 bilhões) e 20% superior ao de janeiro de 2020 (R$ 1,2 bilhão), em valores atualizados pelo INCC-DI de janeiro de 2021.

O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 6,9% em janeiro de 2021, ficando abaixo do resultado de dezembro (15,8%) e estável em relação a janeiro de 2020 (6,9%).

O VSO de 12 meses até janeiro de 2021 foi de 52,9%, acima dos 51,8% do período imediatamente anterior (janeiro de 2020 a dezembro de 2020) e 9,6% abaixo do acumulado de fevereiro de 2019 a janeiro de 2020 (58,5%).

Variação da oferta 

A capital paulista encerrou janeiro com a oferta de 45.592 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados ficou 2,9% abaixo da registrada no mês anterior (46.948 unidades) e 23,9% acima do volume de janeiro de 2020 (36.785 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2018 a janeiro de 2021).

De janeiro de 2017 a janeiro de 2021, a oferta de imóveis não vendidos sobe para 46.859 unidades, volume 2,8% superior à oferta de 36 meses.

Em janeiro, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 21,0 bilhões, resultado 2,6% inferior ao de dezembro (R$ 21,6 bilhões) e estável em relação ao percebido em janeiro de 2020 (R$ 21 bilhões).

Destaques 

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se no mês de janeiro de 2021 em quase todos os indicadores: vendas (1.841 unidades), oferta (25.918 unidades), lançamentos (1.611 unidades), maior VGV (R$ 513 milhões) e maior VGO (R$ 7,5 bilhões). O maior VSO (7,8%) foi registrado nos imóveis com 3 dormitórios, resultado das 338 unidades comercializadas em relação aos 4.306 imóveis ofertados.

Imóveis na faixa de 30 m² e 45 m² de área útil lideraram em quase todos os indicadores: vendas (1.809 unidades), oferta (24.236 unidades), VGV (R$ 410,7 milhões), VGO (R$ 5,5 bilhões) e lançamentos (1.578 unidades). O maior VSO (8,9%) foi dos imóveis na faixa de 86 m² a 130 m².

Por faixa de preço, os imóveis com valor de até R$ 240 mil lideraram com os melhores indicadores de vendas (1.626 unidades), de oferta final (23.681 unidades) e de lançamentos (1.521 unidades). Imóveis na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil registraram o maior VSO (8,1%). Os imóveis com preços superiores a R$ 1,5 milhão destacaram-se com maior VGV (R$ 367,8 milhões) e maior VGO (R$ 6,5 bilhões).

A região Sul liderou na maioria dos indicadores: vendas (1.193 unidades), lançamentos (1.578 unidades), VGV (R$ 598,5 milhões), maior VGO (R$ 8,2 bilhões) e maior quantidade de imóveis em oferta (17.384 unidades). A região Oeste registrou o maior VSO (7,8%).

Casa Verde e Amarela 

Em janeiro deste ano, 1.646 unidades vendidas e 1.377 unidades lançadas foram enquadradas nas faixas do programa Casa Verde e Amarela. A oferta totalizou 24.264 unidades disponíveis para venda, com VSO de 6,4%.

No segmento de mercado de médio e alto padrão, a pesquisa identificou 1.716 unidades vendidas, 417 unidades lançadas, oferta final de 21.328 unidades e VSO de 7,4%.

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