Vendas e lançamentos de imóveis na capital paulista crescem em maio 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Vendas e lançamentos de imóveis na capital paulista crescem em maio 

Um total de 5.883 unidades residenciais novas na cidade de São Paulo foi vendido em maio, resultado 44,1% superior às vendas de abril (4.083 unidades) e 144,6% acima das 2.405 unidades comercializadas em maio de 2020.  Os dados foram divulgados pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

No acumulado de 12 meses até maio, as 60.602 unidades comercializadas representaram um aumento de 20,5% em relação ao mesmo período anterior, quando foram negociadas 50.285 unidades.

Em maio, foram lançadas na capital paulista 8.443 unidades residenciais, 77,4% a mais que em abril (4.760 unidades) e 437,8% acima do total de maio de 2020 (1.570 unidades).

No acumulado de 12 meses até maio, os lançamentos somaram 72.582 unidades, ficando 15,7% acima das 62.727 unidades lançadas no mesmo período anterior.

De acordo com os dados históricos da pesquisa, maio de 2021 apresentou os melhores resultados para este mês dos últimos 17 anos. “Este resultado foi surpreendente, principalmente pelo fato de estarmos atravessando um momento de restrições de mobilidade, em virtude das regras de contingência do Plano São Paulo, para evitar a contaminação da Covid-19”, afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

O bom desempenho de comercialização comprova-se no acumulado de janeiro a maio deste ano, período com mais vendas que lançamentos. “Foram 23.098 unidades comercializadas e 20.174 unidades lançadas. Em comparação com os dados de 2020, as variações foram de 66% nas vendas e de 166,5% nos lançamentos”, diz Petrucci.

Pandemia e vacinação 

Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, comenta que “as regras da fase de transição oferecem flexibilização no atendimento, com cuidados sanitários rigorosamente seguidos nos estandes de vendas. Sem contar que boa parcela da população paulista já tomou pelo menos a primeira dose da vacina, o que traz mais segurança e confiança para retomar os negócios e, assim, contribuir para aquecer a economia.”

“Apesar do cenário desafiador, com aumentos da taxa Selic, da inflação e dos insumos da construção, as condições e a oferta de imóveis continuam atrativas para o consumidor”, comenta Jafet.

VGV e VSO 

O VGV (Valor Global de Vendas) de maio atingiu R$ 2,7 bilhões, resultado 69,1% acima do registrado em abril (R$ 1,6 bilhão), e 177,2% superior ao volume percebido em maio de 2020 (R$ 991,2 milhões) – valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de maio.

O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 11,5% em maio, ficando acima dos resultados de abril (8,8%) deste ano e de maio de 2020 (6,9%). O VSO de 12 meses (junho de 2020 a maio de 2021) foi de 57,8%, estável ante os 57,7% apurados no período imediatamente anterior, mas abaixo do acumulado de junho de 2019 a maio de 2020 (60,4%).

Oferta e VGO 

A capital paulista encerrou maio com a oferta de 45.154 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados ficou 6,2% acima da registrada em abril (42.508 unidades) e 39,2% acima do volume de maio de 2020 (32.438 unidades).

Em maio, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 22,0 bilhões, resultado 7,2% superior ao de abril (R$ 20,5 bilhões) e 15% superior ao de maio de 2020 (R$ 19,12 bilhões) – valores atualizados pelo INCC-DI de maio.

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se no mês em todos os indicadores: vendas (3.677 unidades), oferta (26.763 unidades), lançamentos (5.216 unidades), maior VGV (R$ 1,1 bilhão), maior VGO (R$ 8,3 bilhões) e maior VSO (12,1%), resultado das 3.677 unidades comercializadas em relação aos 30.440 imóveis ofertados.

Área útil e faixa de preços 

Imóveis na faixa de 30 m² e 45 m² de área útil lideraram em vendas (3.215 unidades), VGV (R$ 742,7 milhões), lançamentos (4.043 unidades), oferta (23.774 unidades) e VGO (R$ 5,5 bilhões). O maior VSO (14,4%) foi registrado nos imóveis com mais de 180 m² de área útil.

Por faixa de preço, os imóveis com valor de até R$ 240 mil lideraram com os melhores indicadores de vendas (2.895 unidades), oferta final (21.439 unidades) e lançamentos (3.645 unidades). Unidades na faixa de R$ 750 mil a R$ 1 milhão registraram o maior VSO (13,9%), e os imóveis com preços acima de R$ 1,5 milhão obtiveram os maiores VGV (R$ 734,3 milhões) e VGO (R$ 6,6 bilhões).

Em maio, a região Sul liderou em vendas (2.407 unidades), VGV (R$ 1,3 bilhão), lançamentos (4.421 unidades), maior VGO (R$ 9,1 bilhões) e maior quantidade de imóveis em oferta (17.881 unidades). O Centro registrou maior VSO (16,2%).

Econômicos e MAP 

Os imóveis com faixas de preço enquadradas nos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela, e de preço do metro quadrado de área útil com o limite de aproximadamente R$ 7 mil, tiveram 2.823 unidades vendidas e 2.985 unidades lançadas.

A oferta desse tipo de imóvel totalizou 23.162 unidades disponíveis para venda, com VSO de 10,9%.

No segmento de mercado de Médio e Alto Padrão (MAP), a pesquisa identificou 3.060 unidades vendidas, 5.458 unidades lançadas, oferta final de 21.992 unidades e VSO de 12,2%. Chamou a atenção que o desempenho do MAP superou o dos imóveis econômicos , respondendo por 65% dos lançamentos e por 52% das vendas do mês.

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