Vendas e lançamentos de imóveis caem em janeiro em São Paulo

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Vendas e lançamentos de imóveis caem em janeiro em São Paulo

Um total de 2.315 unidades residenciais novas foi comercializado na cidade de São Paulo em janeiro – 60,1% menos que em dezembro de 2019 (5.805 unidades), mas 42,7% mais que em janeiro do ano passado (1.622 unidades). É o que apurou a Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação).

No acumulado de 12 meses até janeiro, as 45.428 unidades comercializadas representaram um aumento de 52,1% em relação ao mesmo período acumulado anterior, quando 29.859 unidades foram negociadas.

Lançamentos

Em janeiro de 2020, foram lançadas no município de São Paulo 153 unidades residenciais, volume 98,6% inferior ao apurado em dezembro de 2019 (10.924 unidades) e 46,5% abaixo do total de janeiro de 2019 (286 unidades), de acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio).

No acumulado de 12 meses até janeiro, os lançamentos na capital paulista somaram 55.396 unidades, 51,1% acima das 36.662 unidades lançadas no mesmo período anterior.

Valor das vendas

O VGV (Valor Global de Vendas) atingiu R$ 943,4 milhões, 59,7% abaixo do registrado em dezembro (R$ 2,3 bilhões) e 26,5% superior ao volume de janeiro de 2019 (R$ 745,8 milhões), em valores atualizados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção) de janeiro de 2020.

O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, foi de 6,7% em janeiro, ficando abaixo dos índices registrados em dezembro (14,6%) e janeiro de 2019 (7,2%).

O VSO de 12 meses (fevereiro de 2019 a janeiro de 2020) foi de 59,6%, resultado superior aos 57,5% do período imediatamente anterior (janeiro de 2019 a dezembro de 2019) e aos 56,2% do acumulado de fevereiro 2018 a janeiro de 2019.

Oferta

A capital paulista encerro janeiro com a oferta de 32.110 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados foi 5,6% menor em relação ao mês de dezembro de 2019 (34.019 unidades) e ficou 53% acima do registrado em janeiro do ano passado (20.989 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (fevereiro de 2017 a janeiro de 2020).

Ampliando o período analisado para 48 meses (fevereiro de 2016 a janeiro de 2020), a oferta de imóveis não vendidos sobe para 34.007 unidades, volume 5,9% superior à oferta de 36 meses.

Mais vendidos

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em janeiro em quase todos os indicadores: vendas (1.373 unidades), oferta (18.634 unidades), VGV (R$ 381,8 milhões), VGO (R$ 6,0 bilhões) e lançamentos (118 unidades). Os imóveis de 1 dormitório registraram o maior VSO (8,2%), resultado das 704 unidades comercializadas em relação aos 8.581 imóveis ofertados.

Imóveis com menos de 45 m² de área útil lideraram em quase todos os indicadores: vendas (1.722 unidades), imóveis ofertados (19.831 unidades), VGV (R$ 395,7 milhões), VGO (R$ 4,6 bilhões) e VSO (8,0%). A maior quantidade de lançamentos foi de imóveis com área entre 45 m² e 65 m² (50 unidades).

Por faixa de preço, os imóveis com valor de até R$ 240 mil lideraram os indicadores de vendas (1.324 unidades), de oferta final (15.913 unidades) e VGV (R$ 248,8 milhões), e apresentaram o maior VSO (7,7%). A maior quantidade de lançamentos (76 unidades) foi registrada nos imóveis na faixa de R$ 240 mil a R$ 500 mil. Os imóveis com preços superiores a R$ 1,5 milhão lideraram em VGO (R$ 5,3 bilhões).

Em janeiro, a região Sul liderou em vendas (765 unidades), oferta (10.176 unidades) e VGV (R$ 350,7 milhões). A região Oeste liderou com o melhor VSO (7,8%) e VGO (R$ 7,2 bilhões). A região Leste destacou-se em volume de lançamentos (99 unidades).

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