Variação nos empregos da construção de Campinas indica reação
Por Redação SindusCon-SP
Dados da pesquisa mensal sobre empregos na construção civil realizada pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE), mostram que, apesar de ainda permanecer negativa, a variação do mês contra o mesmo mês do ano anterior tem o menor índice do ano e cai 10,42% em sete meses.
A variação entre janeiro de 2017 e janeiro de 2016 foi de -13,68%, enquanto a variação 2016/2017 para o mês de agosto ficou em -3,26%. Em números absolutos, trata-se de uma diferença de -2.912 vagas em janeiro para -640 em agosto. Seguindo análise gráfica, nota-se uma curva de tendência para a redução nestes índices negativos (veja gráfico).
“O ano de 2017 realmente está sendo um ano de desafios para a construção civil no Brasil e em nossa região. Ainda não conseguimos recuperar o volume de 2016, porém, a redução na diferença entre ano passado e este ano já nos remete a uma tendência de reação do mercado”, explica o diretor da regional do SindusCon-SP em Campinas, Marcio Benvenutti.
No acumulado de agosto, o estoque de trabalhadores da construção civil foi de 18.975 vagas formais e, apesar de quedas nos meses de janeiro, fevereiro, junho e agosto, o saldo permanece positivo com 578 vagas geradas em 2017.
Nacional
O nível de emprego na construção civil brasileira subiu 0,07% em agosto em relação a julho. Com a contratação de 1.653 trabalhadores, o estoque de trabalhadores foi de 2,458 milhões para 2,460 milhões. As duas altas seguidas ajudaram a diminuir o resultado negativo dos últimos 12 meses (-9,46%). Na comparação com agosto de 2016, a redução chega a 12,25%.
Ao se desconsiderar os efeitos sazonais*, o emprego registrou queda é de 0,53% em agosto na comparação com julho (-12.844), chegando a 35 baixas consecutivas.
A oscilação positiva no nível de emprego da construção civil brasileira deve ser vista com cautela, segundo o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Afinal, o crescimento foi de apenas 0,07% e desta vez não abrangeu o Estado de São Paulo, onde ocorreu queda de 0,23%”, comentou.
Em agosto, na comparação com julho, registraram alta os segmentos Engenharia e Arquitetura (1%), Preparação de terreno (0,70%) e Infraestrutura (0,39%). Na outra ponta, Obras de instalação e Incorporação de imóveis tiveram baixa de 1,32% e 0,27%, respectivamente.
Em 12 meses, todos os segmentos apresentam queda, sendo as maiores baixas em Imobiliário (-12,69%), Obras de acabamento (-11,16%) e Preparação de terreno (-9,70%).