SindusCon-SP realizou o 13º Seminário Internacional BIM em 29 de novembro

O BIM é futuro e o presente; um caminho sem volta, destacaram os participantes

Articulado pelo Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ), que proporcionou inúmeras contribuições à qualidade e à produtividade de nossas associadas, em especial sobre inovações e os desafios da aplicação desta ferramenta nos diversos elos da cadeia produtiva. Com isso, mais uma vez, o SindusCon-SP cumpre sua missão de trabalhar pelo fortalecimento das nossas empresas. As afirmações são do presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, na cerimônia de abertura do 13º Seminário Internacional BIM.

“Queremos mostrar a efetividade do BIM no mercado demonstrando empresas que o aplicaram e colheram bons frutos”, afirmou Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP. Com o tema “Aplicações da metodologia BIM no setor da construção”,  foram abordados casos dos usos do BIM na construção, como o acompanhamento das obras por drones, utilização do laser scan e da nuvem de pontos, contratação e compatibilização de projetos em BIM e industrialização.

Ciclo BIM em Empreendimentos Imobiliários

Ao participar do painel Ciclo BIM em Empreendimentos Imobiliários, Mauricio L. Bianchi, diretor de Construção do Groupe Allard destacou que um país com instabilidades na sua origem, inflação setorial descasada da inflação oficial, juros que destroem a produção, complexidade fiscal somado a uma conhecida senoide nas crises, exige uma gestão forte na assertividade das decisões, gestão de riscos e soluções na construção. “Riscos em sua maioria são conhecidos, faltam atores nas empresas que os enxerguem antecipadamente antes de virarem autopsias. Assertividade minimiza riscos aos contratantes e contratados, aumenta a segurança na manutenção de prazos avençados por análise prévia de ‘gargalos’”.

Para Bianchi, a Ferramenta BIM como outras Agregadas permitem que haja a Terminalidade das Etapas Construtivas, um final com equipes reduzidas, sinal da boa gestão e aufere lucro aos Contratados e Contratantes. “A Gestão Dimensional é um Vilão muito representativo na Qualidade, nos Prazos e no Custo. Os contratantes inteligentes não querem assistir prejuízos aos contratados, razão pela qual devem investir em projetos dentro da maior precisão, assim, todos saem ganhando. Quem deveria exigir o BIM corretamente contratado é o dono da obra, incorporador, fundo de investimentos e investidores”.

Entre os novos desafios para o BIM apontados por Júlio Battistin Neto, coordenador de Projetos da Aflalo & Gasperini Arquitetos estão: fluxo de trabalho x cronograma, entregáveis de projeto x fluxo financeiro, mais empenho de horas nas fases preliminares, estratégia BIM em conjunto com cliente, Plano de execução BIM (PEB), Qualificação da equipe multidisciplinar e o entendimento do modelo como ferramenta de gestão do edifício. Já em relação aos benefícios alcançados estão a visualização na melhoria na qualidade do projeto, redução no tempo de compatibilização, diminuição nos números de pessoas e de arquivos, melhoria da compreensão do cliente, aumento de produtividade, qualidade plena para a obra pronta e mitigação de risco na construção BIM.

Para Luis Fernando Ciniello Bueno, sócio-diretor Técnico da Rocontec – Rocha Construção e Tecnologia, o BIM é futuro e o presente. “Do ponto de vista da etapa de orçamentos, a percepção benéfica está no desenvolvimento de banco de dados único, ágil identificação de elementos, alterações automatizadas (sem retrabalho) e maior precisão no escopo de contratação. Por outro lado, a etapa é trabalhosa com impacto direto no prazo de entrega do orçamento”.

O BIM é um caminho sem volta. Assim, Raquel Kahan Bonato, Engenheira de Planejamento na DOX Gerenciamento de Projetos e Obras pontuou que não há diferença entre os distintos padrões de obras, sejam elas menos ou mais complexas. “O BIM é aplicável a todas. O que muda é a percepção do valor agregado ao produto. Mesmo que a aplicação do BIM se dê apenas para a compatibilização de projetos, as vantagens demonstradas superam os investimentos iniciais, visto que são recuperados em etapa de obra na redução de retrabalhos e paralisação de equipes para solução de problemas em obra”.

Raquel afirmou que entre os desafios da gestão de projetos em BIM estão a definição do uso do BIM antes do processo de contratação dos projetistas; adaptação do Cronograma às necessidades de cada empreendimento e do cliente; e, atendimento dos fornecedores aos parâmetros recomendados e solicitados no BIM Mandate & Bim Execution Plan (BEP).

O evento contou com o patrocínio Ouro da Atlas Schindler e Gerdau, patrocínio Prata da Hilti e com a parceria institucional do ESTADÃO. Apoiaram o seminário: ABCIC, ABECE, ABECIP, ABNT, ABNT/CB-002, ABEF, ABRAINC, ABRAMAT, ABRASIP, ABRINSTAL, AELO, APEMEC, AsBEA-SP, CBIC, COBRACON, Seconci-SP, Secovi-SP e SindInstalação.

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