SindusCon-SP lançou Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações em seminário

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

SindusCon-SP lançou Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações em seminário
Guia Metodológico para Cálculo de Pegada Hídrica no Setor da Construção Civil
Guia Metodológico para Cálculo de Pegada Hídrica no Setor da Construção Civil

No dia 26 de novembro, no Seminário Conservação de Água e Uso de Fontes Alternativas em Edificações – Diferencial Competitivo para Empreendimentos, foi lançado o Guia Metodológico de Cálculo de Pegada Hídrica em Edificações, realização do SindusCon-SP com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a Caixa, tendo como consultora técnica a empresa Infinitytech Engenharia e Meio Ambiente.

Na ocasião, Haroldo de Oliveira Machado Filho, especialista em Desenvolvimento Sustentável do PNUD, enfatizou a importância do guia para a execução de políticas públicas eficazes e lamentou que o Brasil não atingirá a meta da ONU de universalização do saneamento básico até 2030 e dificilmente o fará até 2050.

Para o gerente executivo de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, Morenno de Macedo, a participação da Caixa é relevante para ratificar o engajamento da instituição na indução de práticas e processos mais sustentáveis no setor da construção civil. “Além disso, permite à Caixa alcançar maior profundidade nos assuntos relacionados à gestão eficiente e responsável de recursos hídricos, retroalimentando a sua estratégia para que sejam ofertados produtos e serviços alinhados às demandas do setor e da sociedade”, afirma.

gerente executivo de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, Morenno de Macedo
gerente executivo de Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental da Caixa, Morenno de Macedo

O lançamento do Guia, segundo Macedo, visa orientar a mensuração da quantidade de água apropriada no setor de edificações por meio de métricas claras e padronizadas, o que permitirá avaliações comparativas e subsidiará tomadas de decisão que potencializem a adoção de práticas positivas e racionalizem a gestão de recursos hídricos.

Águas Subterrâneas

Como uma entidade que fomenta o conhecimento científico, a valorização profissional e acompanha diversas leis, regulamentos e normas relativas aos poços e águas subterrâneas no Brasil, a Associação Brasileira de Águas Subterrâneas (Abas) considera muito importante divulgar o tamanho e importância das águas subterrâneas, além de seu uso legal e sustentável. “Afinal estas águas abastecem 52 % dos municípios brasileiros e um grande percentual de nossa população”, destaca o presidente da entidade, João Paulo Netto.

Segundo Netto, a população mundial está se concentrando cada vez mais em grandes cidades, que necessitam de abastecimentos para consumo humano, além de água para agricultura, indústria e os mais diversos usos. “Desta forma precisamos atuar na preservação deste recurso, utilizando a tecnologia a nosso favor, para garantir que as gerações futuras não venham a sofrer com a escassez, que já nos atinge”.

Fernando de Barros Pereira, vice-presidente da General Water, ressaltou que o reuso de água e a sua regulamentação são a chave para garantir a segurança hídrica das futuras gerações e reduzir o impacto humano no meio ambiente. “Para que essa mensagem seja difundida, é fundamental que discussões como essa ocorram e conscientizem os principais setores da economia, como o da construção civil”.

Consumo

Eduardo Lacerda, gerente geral da Techem do Brasil
Eduardo Lacerda, gerente geral da Techem do Brasil

Não se gerencia o que não medimos. Assim Eduardo Lacerda, gerente geral da Techem do Brasil, explica a preocupação com a baixíssima disponibilidade hídrica na região metropolitana de São Paulo. “Esses dados não são de conhecimento de todos e essa baixa conscientização torna difíceis as mudanças de hábitos dos habitantes da região”, afirma.

Este é um tema de extrema importância para a sociedade. “Mostrar as possibilidades que a gestão de consumo individual em edifícios traz me parece uma oportunidade especial, pois cada vez mais moramos em condomínios. A verticalização é o caminho para grandes metrópoles como São Paulo”, ressalta Lacerda.

Para Lacerda, é necessária uma política de Estado em relação ao tratamento da água de forma a criar uma maior conscientização sobre o seu consumo de forma eficiente. “Nossa experiência retrata a mudança de comportamento registrada em mais de 100.000 famílias, com consumo antes e depois da medição. Um medidor de água traz a consciência, pois passa-se a enxergar o consumo real”, diz.

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