Participe de pesquisa sobre a informalidade na construção civil 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Participe de pesquisa sobre a informalidade na construção civil 

O vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, convida os empresários do setor a responderem a uma pesquisa sobre a informalidade na construção civil. Elaborada pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), a sondagem objetiva compreender o fenômeno para a proposição de políticas públicas que combatam a informalidade e estimulem a formalização do emprego no setor.

A iniciativa da pesquisa é da Comissão de Políticas e Relações Trabalhistas da CBIC, na qual Ishikawa representa o SindusCon-SP.  A enquete também aborda questões relativas à pandemia, tributação do setor e perspectivas para o futuro.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Luis Fernando Melo, a intenção é caracterizar o perfil socioeconômico do trabalhador da construção civil, identificando as características do trabalhador informal no Brasil. “Queremos também descobrir por qual razão existe informalidade e apontar onde ela se concentra no setor, além de assinalar quais são os fatores determinantes e especificar as consequências da informalidade para a construção civil”, explica Melo.

Para o vice-presidente da área de Política de Relações Trabalhistas da CBIC, Fernando Guedes, “a percepção do empresário sobre a informalidade é fundamental, tendo em vista que, a decisão de contratar ou não, investir ou não é dele, e sobre o conjunto de percepções dos empresários serão tomadas as decisões que irão influenciar o ambiente econômico, político e social. Conhecer o que os empresários pensam e percebem a respeito dos temas que afetam o setor da construção é chave para a melhor condução das políticas setoriais”, afirma.

A CBIC informa que todos os procedimentos relativos à realização da pesquisa estão de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e com as normas de pesquisas da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). “Garantimos que as respostas não serão divulgadas de forma individualizada, nem será possível identificar o respondente individual na divulgação dos resultados. Não há, portanto, qualquer risco associado à participação”, diz Guedes.

Acesse a pesquisa.

Informalidade em números 

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, referentes ao trimestre (maio a julho) de 2020, o Brasil contava com 8,691 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado, exceto empregados domésticos – o que correspondeu a queda de 25,4% em relação a igual período do ano anterior. Apesar dessa redução, que aconteceu especialmente em função da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, o número ainda é bastante expressivo. O número de trabalhadores por conta própria alcançou 21,406 milhões, sendo que 75,7% (16,2 milhões) sem CNPJ.

Os dados indicaram que o número de pessoas ocupadas na construção era de 5,33 milhões (considerado formais, informais, conta própria, empregador). Já conforme os dados do novo Caged, divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, do Ministério da Economia, a construção civil possuía, em setembro, 2,3 milhões de trabalhadores com carteira assinada.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo