FGV: Construção segue mais confiante 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

FGV: Construção segue mais confiante 

A Sondagem Nacional da Construção realizada pela FGV (Fundação Getulio Vargas) registrou uma elevação de 3,7 pontos do Índice de Confiança da Construção (ICST) em setembro, que atingiu 91,5 pontos. Com isso, o indicador fechou a média do terceiro trimestre em 87,7 pontos, 17,7 pontos acima dos 70 da média do segundo trimestre.

O ICST vai de 0 a 200 pontos, denotando otimismo a partir dos 100. Foram coletadas informações de 645 empresas entre os dias 1 e 23 de setembro.

Segundo Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre, a confiança do setor da construção retornou à zona de pessimismo moderado em que se encontrava antes da pandemia.

“A percepção dominante é de recuperação da atividade e de crescimento dos negócios, com reflexos na melhora das expectativas. No entanto, ainda não é um movimento disseminado por todos segmentos – a área de serviços foi mais penalizada e registra mais dificuldade em recuperar, assim como o mercado de edificações comerciais. Por outro lado, o segmento de edificações residenciais avança mais rapidamente, confirmando o bom momento do mercado, impulsionado pelas taxas de juros mais baixas e pela maior oferta de crédito”, afirma a economista.

Em setembro, o resultado positivo do ICST foi influenciado principalmente pela melhora da percepção das empresas sobre sua situação corrente, e, em menor grau, pela diminuição do pessimismo para os próximos meses.

O Índice de Situação Atual (ISA-CST) aumentou 4,6 pontos, para 86,4 pontos, apenas 0,3 pontos abaixo de fevereiro (86,7 pontos). O indicador de carteira de contratos foi o que mais contribuiu para o resultado positivo do ISA, ao avançar 4,7 pontos, para 84,5 pontos. Já o indicador de situação atual dos negócios cresceu 4,4 pontos, para 88,4 pontos, 1,5 ponto acima daquele de fevereiro (86,9 pontos).

O Índice de Expectativas (IE-CST) aumentou 2,7 pontos, para 96,8, ainda 2,2 pontos abaixo daquele de fevereiro (99). Os indicadores de demanda prevista e tendência dos negócios avançaram 2,8 pontos e 2,7 pontos respectivamente, ambos para 96,8 pontos.

Emprego e capacidade utilizada 

Com a retomada das obras, as empresas voltaram a empregar mais. A Sondagem de setembro mostrou as assinalações de aumento das contratações superando as demissões, movimento que deve prosseguir nos próximos meses, considerando as expectativas dos empresários de tendência de melhora nos negócios nos próximos meses, avaliou Ana Castelo.

O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) recuou 1,4 ponto percentual (p.p.), para 72,1%. A maior contribuição para o resultado negativo veio do Nuci de Mão de Obra, com queda de 1,6 p.p., para 73,6%. Já o Nuci de Máquinas e Equipamentos caiu 1 p.p. para 63,5%.

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