Escalada de preços de materiais segue preocupando a construção 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Escalada de preços de materiais segue preocupando a construção 

A preocupação da indústria da construção com a continuação da escalada de preços dos insumos e materiais de construção marcou a reunião virtual do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP, conduzida por seu coordenador, Fabio Villas Bôas, com a participação do presidente da entidade, Odair Senra, em 10 de setembro.

Reafirmou-se a rejeição da indústria da construção a esses aumentos, pois o setor entende que o momento não é de aumentar preços e sim de manter as obras e elevar a oferta de empreendimentos imobiliários, atendendo satisfatoriamente os consumidores finais e gerando novos empregos.

Foram historiadas as ações tomadas pela entidade até o momento, que incluíram reuniões com a Secretaria de Concorrência e Produtividade do Ministério da Economia e o Procon de São Paulo, e a divulgação na grande imprensa de reportagens e notícias sobre a inconformidade da indústria da construção com essa escalada. Na sequência, José Guerra, especialista de preços da Platts, do grupo S&P Global, apresentou uma análise do comportamento local e mundial dos preços do aço.

O vice-presidente de Economia, Eduardo Zaidan, destacou a importância de também se pressionar o poder público pelo prosseguimento das reformas e por disciplina fiscal, para sinalizar aos investidores que o país é confiável e, desta forma, voltar a elevar o número de fabricantes e fornecedores de insumos e produtos. “Precisamos fazer as reformas para fazer o Brasil crescer. Entretanto, estamos cavando uma sepultura mais profunda com a questão fiscal. Não temos história de disciplina fiscal, outros países sim e podem aumentar seu endividamento. Produzimos pouco e qualquer aumento da demanda, vai virar inflação”, alertou, ao comentar que o aumento de preços no atacado já está pressionando os preços ao consumidor.

A Folha de S. Paulo noticiou em 11 de setembro que, após zerar o Imposto de Importação do arroz, o governo federal avalia medidas voltadas aos materiais de construção, citando altas em agosto de 9,32% no tijolo e 5,42% no cimento.

Prevenção à Covid-19 

A expressiva diminuição dos casos suspeitos e confirmados de Covid-19 entre os trabalhadores da construção também foi abordada. Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e presidente do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), reafirmou a necessidade de uma verificação permanente das condições do ambiente de trabalho, observando-se rigorosamente o uso de máscaras, a higienização das mãos, ferramentas e Equipamentos de Proteção Individual, e o distanciamento. Ele acrescentou que o Seconci-SP pode fazer uma avaliação médica se trabalhadores com mais de 60 anos teriam condições de retornar ao trabalho presencial, se assim o desejassem, mas lembrou que as empresas não têm controle sobre o que ocorre com os mesmos nos trajetos e nas residências.

Lilian Sarrouf, gestora do CB-002 – Construção Civil da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), apresentou um panorama dos trabalhos de elaboração de diversas normas técnicas.

Marcia Haddad, gerente de Projetos da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) convidou as empresas a inscreverem seus cases para o Prêmio Produtividade, iniciativa do grupo #Do Mesmo Lado. As inscrições terminam no final de setembro e a premiação acontecerá em 29 de outubro. O objetivo é a alimentação de uma plataforma de veiculação da produtividade, com um arquivo permanente de boas práticas para todas as empresas.

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