Construcarta Atividades: PIB da construção inicia o ano com queda

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construcarta Atividades: PIB da construção inicia o ano com queda

As expectativas de reversão do ciclo de queda do setor da construção não se concretizaram no primeiro trimestre de 2019. Na comparação com o último trimestre do ano passado, feitos os ajustes sazonais, o PIB setorial registrou queda de 2,0%, o que indica que o ritmo de retração acelerou – vale notar que o IBGE também reviu o resultado da construção do último trimestre de 2018, apontando agora retração de 0,1%.
Ainda nessa comparação com o trimestre anterior, o desempenho negativo da construção só não superou o da indústria extrativa mineral, que teve queda de 6,3%, refletindo a queda na produção de minério de ferro, por conta do desastre de Brumadinho.
O PIB do país também registrou queda nessa mesma comparação, de 0,2%, confirmando os indicadores antecedentes que já mostravam novo encolhimento da economia, depois de uma sequência de oito trimestres de alta. Pelo lado da demanda, o encolhimento da atividade decorreu diretamente da queda dos investimentos (-1,7%) e da desaceleração do consumo das famílias – que teve alta de 0,3%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2018, o PIB do país teve alta de 0,5% enquanto a construção caiu 2,2%. No acumulado de quatro trimestres, o PIB da construção passa a ter variação de -2% – lembrando que no ano passado para um crescimento de 1,1% do PIB brasileiro, a construção encolheu 2,5%.
Em valores correntes, no primeiro trimestre de 2019, o PIB brasileiro somou R$ 1,7 trilhão, a Formação Bruta de Capital, R$ 265,6 bilhões e o PIB da construção, R$ 61,8 bilhões. Assim, a construção voltou a perder participação da economia, caindo para 3,6%, contribuindo também para a diminuição da taxa de investimento que ficou em 15,5% no primeiro trimestre do ano.
A Sondagem da FGV antecipou a mudança de humor entre os empresários da construção a partir de março. No primeiro trimestre do ano, o Indicador que reflete à percepção referente aos negócios no momento corrente teve queda na comparação com o último trimestre de 2018. Depois disso, não houve recuperação, ou seja, em maio o indicador permanece abaixo do patamar de dezembro. A confiança empresarial está diminuindo também com a redução das expectativas na melhora da demanda nos próximos meses.
Vale notar que houve uma perda de confiança na melhora do cenário econômico entre empresários de todos os setores de atividade e consumidores. Se esse quadro não for revertido, irá comprometer as possibilidades de recuperação do setor.

A análise mensal do SindusCon-SP e da FGV/Ibre está disponível aqui

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