Aumentos de preços dos imóveis residenciais voltam a acelerar

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Aumentos de preços dos imóveis residenciais voltam a acelerar

Os preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais de Estados do país se elevaram em média 1,3% em maio, na comparação com abril (quando haviam subido 1,2%). No acumulado de 12 meses até maio, houve crescimento de 8,15%, ante os 7,86% registrados no mês anterior. Esse desempenho reverteu a tendência de desaceleração no acumulado em 12 meses dos seis meses anteriores.

Estes dados são do Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

A aceleração nas variações acumuladas em 12 meses até maio do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) reduziu os ganhos em termos reais dos preços dos imóveis residenciais nas capitais pesquisadas. Agora, a reversão da tendência de desaceleração do IGMI-R foi suficiente para praticamente equiparar os resultados dos dois indicadores, em termos das variações acumuladas em 12 meses.

A única exceção dessa reversão da tendência de desaceleração no resultado acumulado em 12 meses entre as 10 capitais analisadas foi Porto Alegre, com aumento acumulado de 4,35% até maio, ante 6,11% até abril.

Os preços desses imóveis na cidade de São Paulo se elevaram 2,08% em maio (ante 1,96% em abril). No acumulado de 12 meses, a variação foi de 13,64% (ante 13,24% no mês anterior). A capital paulista segue no topo dos aumentos.

Brasília foi a capital com o segundo melhor desempenho no  acumulado em 12 meses (9,46%). O Rio de Janeiro registra elevação de 5,08%, na mesma comparação. Já os preços em Fortaleza e Recife ainda se recuperam lentamente, com resultados acumulados em 12 meses de respectivamente 1,80% e 1,86%.

De acordo com a Abecip, a percepção dos empresários do segmento de Construção de Edificações Residenciais, captada pela Sondagem da Construção Civil do Ibre/FGV/Ibre, aponta por um lado uma piora na Evolução Recente da Atividade, mas ao mesmo tempo um sinal de reversão da tendência de queda na Demanda Prevista, em linha com o movimento dos preços nominais, mencionado acima.

Para a Abecip, os indicadores recentes de nível de atividade em geral apresentam surpresas no lado positivo, criando a expectativa de continuidade da retomada ao longo do segundo semestre, no contexto do avanço da imunização e consequente relaxamento de medidas de distanciamento social.

Mas, acrescenta a entidade, o principal desafio para a tendência de negócios no setor imobiliário residencial nesse cenário continua sendo a disseminação dessa recuperação para todos os setores, e em última medida para as condições de emprego e renda.

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