Atividades imobiliárias e em escritórios podem ser liberadas na capital paulista e na maioria das regiões do Estado

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Atividades imobiliárias e em escritórios podem ser liberadas na capital paulista e na maioria das regiões do Estado

As atividades imobiliárias e o trabalho nos escritórios estão entre as atividades que podem ser liberadas para funcionarem com restrições, de 1 a 15 de junho, na capital paulista e nas regiões administrativas do Interior do Estado de São Paulo, exceto na Grande São Paulo e nas regiões da Baixada Santista e do Vale da Ribeira, onde estas atividades seguirão tendo seu funcionamento interditado.

Este é um dos itens da flexibilização da quarentena, anunciada pelo governador João Doria, em 27 de maio. As atividades liberadas deverão cumprir os requisitos de protocolos específicos, com recomendações para a prevenção da contaminação pela Covid-19. De qualquer forma, segue prevalecendo a orientação para o isolamento social. E o governador afirmou que a nova orientação poderá ser revista a qualquer momento, dependendo da evolução da pandemia e da situação dos meios hospitalares para combatê-la.

No caso dos escritórios, por exemplo, o protocolo estadual determina que se exija o uso de máscaras de proteção facial em todos os ambientes, incentivando seu uso em transporte coletivo, assim como a remodelação dos ambientes para se manter a distância mínima de 1,5 m entre cada funcionário. Deve-se seguir priorizando o teletrabalho, manter os ambientes arejados e afastar por 14 dias os funcionários suspeitos de contaminação, os confirmados ou os que tiveram contato com alguém infectado.

Leia o protocolo completo para ambientes como escritórios aqui.

Atividades imobiliárias

No protocolo estadual das atividades imobiliárias, há orientações para clientes e funcionários, como limitar as visitas a imóveis a uma família por vez e os corretores portarem álcool gel 70% para uso próprio e dos clientes. Intermediações on line devem ser incentivadas.

Nos estandes de vendas, há recomendações para ventilação, limpeza de mesas de atendimento a cada novo cliente, disponibilização de lavatórios e álcool gel, e interdição ao consumo de alimentos.

Leia o protocolo estadual para os estandes imobiliários aqui.

Cidade de São Paulo

Atividades como as imobiliárias não estão automaticamente liberadas para entrar em funcionamento em 1º de junho no município de São Paulo. As entidades representativas desses setores deverão oficializar suas propostas de protocolos de saúde para o funcionamento daquelas atividades, que serão analisados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e validados pela Vigilância Sanitária.

Isto foi o que anunciou o prefeito Bruno Covas, em 28 de maio, ao detalhar como se dará a retomada de algumas atividades na capital paulista. Ele lembrou que a cidade de São Paulo continua em quarentena e que o governador João Doria delegou aos prefeitos como se dará a chamada retomada consciente das atividades econômicas em cada município.

“Um dos próximos passos é iniciar a discussão com o setor privado dos protocolos de saúde para preparar, no momento adequado, a retomada da atividade econômica”, afirmou Covas.  “Os setores precisam apresentar protocolos de saúde, higiene, testagem, regras de autorregulação para fiscalização dos protocolos e política de comunicação. Depois, ainda, a Vigilância Sanitária referendará”, completou.

Segundo o prefeito, um decreto será publicado até o dia 1º de junho detalhando o fluxo de envio e análise das propostas dos protocolos. O patamar mínimo será o dos protocolos estaduais. As propostas deverão ser enviadas ao site www.prefeitura.sp.gov.br/retomada.

Covas também pediu que os paulistanos respeitem a necessidade de uso de máscara. Haverá a distribuição de 3 milhões de unidades em junho.

Não houve menção a um protocolo específico para o funcionamento dos escritórios.Portanto, para São Paulo e as demais área do Estado nas quais esta atividade poderá ser retomada a partir de 1º de junho, valem as medidas preconizadas pelo protocolo para ambientes, estabelecido pelo governo estadual.

Este protocolo compreende o uso de máscaras de proteção facial em todos os ambientes, incentivando seu uso em transporte coletivo, assim como a remodelação dos ambientes para se manter a distância mínima de 1,5 m entre cada funcionário. Deve-se seguir priorizando o teletrabalho, manter os ambientes arejados e afastar por 14 dias os funcionários suspeitos de contaminação, os confirmados ou os que tiveram contato com alguém infectado.

Flexibilização

No novo programa que o governador Doria chamou de retomada consciente das atividades econômicas, foram definidas cinco fases. Elas vão do nível máximo de restrição de atividades não essenciais (vermelho) a etapas identificadas como controle (laranja), flexibilização (amarelo), abertura parcial (verde) e normal controlado (azul). Segundo o governo estadual, o objetivo da classificação é assegurar atendimento de saúde à população e garantir a disseminação do coronavírus em níveis seguros para modular as ações de isolamento.

A escala será aplicada a 17 regiões distintas do território paulista, de acordo com a abrangência dos DRSs (Departamentos Regionais de Saúde), que são subordinados à Secretaria de Estado da Saúde. São os DRSs que determinam a capacidade de atendimento, transferências de pacientes e remanejamento de vagas de enfermaria e UTIs nos municípios.

As fases são determinadas pelo acompanhamento semanal da média da taxa de ocupação de leitos de UTI exclusivas para pacientes contaminados pelo coronavírus e o número de novas internações no mesmo período. Uma região só poderá passar a uma reclassificação de etapa – com restrição menor ou maior – após 14 dias do faseamento inicial, mantendo os indicadores de saúde estáveis.

Em todos os 645 municípios, a indústria e a construção civil seguem funcionando normalmente. A interdição total de espaços públicos, teatros, cinemas e eventos que geram aglomerações – festas, shows, campeonatos etc. – permanece por tempo indeterminado. A retomada de aulas presenciais no setor de educação e o retorno da capacidade total das frotas de transportes seguem sem previsão.

Nenhuma das 17 regiões está na zona azul, que prevê a liberação de todas as atividades econômicas segundo protocolos sanitários definidos no Plano São Paulo.  A zona verde, segunda mais ampla na escala, também não foi alcançada até o momento e permanece como meta de curto prazo para cada região.

Com exceção da capital, todos os municípios da Grande São Paulo e também da Baixada Santista e do Vale da Ribeira permanecem na fase vermelha e não terão nenhum tipo de mudança na quarentena em vigor desde o dia 24 de março. Nas três regiões, o sistema de saúde está pressionado por altas taxas de ocupação de UTI e avanço de casos confirmados de pacientes com coronavírus.

Nas demais fases, haverá flexibilização parcial em diferentes escalas de capacidade e horário de atendimento. A etapa laranja, que abrange a capital e outras dez regiões no interior e litoral norte, prevê retomada com restrições a comércio de rua, shoppings, escritórios, concessionárias e atividades imobiliárias. Os demais serviços não essenciais continuam fechados.

Na fase amarela, haverá reabertura total de serviços imobiliários, escritórios e concessionárias segundo protocolos sanitários. Comércio de rua, shoppings e salões de beleza, além de bares, restaurantes e similares poderão funcionar com restrições de horário e fluxo de clientes.

As regiões que chegarem à fase verde poderão atenuar as restrições ao funcionamento de todos os setores da fase amarela. Academias de ginástica e centros de prática esportiva também voltarão a receber frequentadores, desde que respeitados limites de redução de atendimento e as regras sanitárias definidas para o setor.

Isolamento

O distanciamento social ainda é a principal recomendação para conter a disseminação do coronavírus. Mesmo com a reabertura em São Paulo, há exigência do isolamento social das pessoas de grupos de risco, como maiores de 55 anos, portadores de doenças cardíacas e/ou crônicas e pacientes imunodeprimidos ou em tratamento oncológico. O isolamento tem como meta permitir que os serviços de saúde continuem com capacidade para atender os pacientes com Covid-19 em enfermarias e UTIs.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo