Tecnologia tem favorecido inserção de mulheres na construção, afirma Maristela 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Tecnologia tem favorecido inserção de mulheres na construção, afirma Maristela 
Foto: Maristela (dir.) com as demais palestrantes e o público do painel no Enic

Vice-presidente de Responsabilidade Social participou de painel sobre o tema no Enic 

Um dos maiores desafios no mercado de trabalho é a competitividade e para a mulher, conseguir uma colocação tem sido mais difícil que para os homens. “Mas, dentro da construção, a tecnologia tem aberto portas e tem favorecido a inserção de novas mulheres”. 

As afirmações foram feitas por Maristela Honda, presidente do Seconci-SP (Serviço Social da Construção) e vice-presidente de Responsabilidade Social do SindusCon-SP, em painel sobre a inserção da mulher no setor, realizado no 96º Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), realizado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em 12 de abril, em São Paulo. 

A vice-presidente destacou que as mulheres estão em todas as atividades da construção, sendo valorizadas por suas qualidades e sensibilidade no trabalho. Informou que o Seconci-SP tem 15,5 mil colaboradores, dos quais 80% são mulheres. 

Maristela narrou sua trajetória no SindusCon-SP desde que foi eleita diretora da Regional Sorocaba há 22 anos, passando posteriormente pelas Vice-Presidências de Interior, Obras Públicas, Capital-Trabalho e Responsabilidade Social, onde permanece até hoje. “Realizamos ações como o ConstruSer (Encontro da Construção Civil em Família), agregando o trabalhador com sua família, proporcionando lazer e capacitação.” Informou ainda sobre o programa Elevação da Escolaridade, para os trabalhadores do setor. 

Inclusão da mulher 

Ao abrir o evento, Ana Cláudia Gomes, presidente da Comissão de Responsabilidade Social da CBIC, afirmou que “a indústria da construção tem o compromisso de abrir espaço para as mulheres. É importante compreender que o incentivo vai além da inserção, é preciso criar uma cultura que, além de receber essa mulher, permita fixá-la no mercado. Essa é uma missão da CRS: contribuir para essa mudança”, enfatizou.  

No painel, foi lançada a cartilha “Construindo Juntos – Por um Ambiente Mais Diverso e Inclusivo na Indústria da Construção”, produzida em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi) e que visa tornar o setor mais inclusivo. 

A jornalista e empreendedora Neivia Justa, fundadora da #JustaCausa, foi a mediadora da discussão e destacou a importância do tema. “A gente precisa construir um novo papel para as mulheres dentro da indústria da construção. É fundamental o debate com a presença de representantes de todas as posições do setor, desde a mão de obra até a liderança”, disse. 

Combate ao preconceito  

Ainda que a presença das mulheres na construção civil esteja em ascensão, o preconceito de gênero continua sendo um dos maiores obstáculos, apontou a CEO da empresa Concreto Rosa, Geisa Garibaldi. 

A Concreto Rosa é uma organização formada por mulheres e conta com uma equipe composta por arquitetas, pedreiras, eletricistas, pintoras que influenciam soluções, comportamentos e tendências nesse mercado que ainda é majoritariamente masculino, apontou Geisa.  Sobre o avanço das mulheres na carreira de engenharia, a gerente executiva da Caixa Econômica Federal, Simone Monice, apontou que o cenário já mudou bastante e a evolução tem sido muito positiva. “Hoje é possível ver mulheres contribuindo em várias etapas da obra, apesar dos baixos números”, afirmou.

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