SindusCon-SP, Secovi-SP e Abrainc unem-se pela redução de Gases de Efeito Estufa 

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

SindusCon-SP, Secovi-SP e Abrainc unem-se pela redução de Gases de Efeito Estufa 

Encontro estimulou incorporadoras e construtoras à produção dos inventários para mitigação de mudanças climáticas 

Abrainc (Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias), Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e SindusCon-SP realizaram em 19 de julho Encontro Setorial, com o objetivo de estimular construtoras e incorporadoras à produção dos inventários de emissão de Gases do Efeito Estufa (GEE). Realizado em formato híbrido, o evento contou com a participação de 31 pessoas presencialmente e 53 de forma virtual. 

Os palestrantes foram: Vladimir Iszlaji, diretor de Desenvolvimento Urbano da Abrainc; Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente do SindusCon-SP; Carlos Alberto de Moraes Borges, vice-presidente de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP; Antonio Teixeira, gerente Comercial e de Novos Negócios, Consultoria e Licitações na WayCarbon; Patrícia Bittencourt, gestora de Projetos da VP de Tecnologia e Sustentabilidade do Secovi-SP; Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do SindusCon-SP; e Vanessa Dias, analista de Meio Ambiente do SindusCon-SP. 

Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas 

O Decreto Federal 11.075, publicado em 19 de maio de 2022, estabeleceu os procedimentos para a elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas, e instituiu o Sinare – Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa, que servirá como central única de registro de emissões, remoções, reduções e compensações dos gases de efeito estufa. 

Neste contexto, diversos setores da economia, entre eles o da construção civil, no qual se enquadram incorporação e construção imobiliária, são convidados a estabelecer metas gradativas de redução de emissões de GEE, a fim de contribuir com as metas internacionalmente determinadas pelo Brasil (NDC) para a neutralidade climática em 2050. 

O que apontaram os representantes do setor 

Antonio Teixeira, da WayCarbon, apresentou o panorama do impacto do setor imobiliário para as mudanças climáticas. Ele enfatizou a necessidade e o principal desafio de eliminar por completo as emissões – zerar esse índice –, além de buscar matérias-primas que contribuam para a redução dos impactos. 

Patricia Bittencourt, do Secovi-SP, abordou os aspectos regulatórios das Mudanças Climáticas no Brasil, e destacou as tendências mercadológicas e financeiras para a redução e eliminação de emissão a zero em 2050, bem como os riscos econômicos, sociais e políticos que os impactos das emissões têm causado. 

Vladimir Iszlaji, da Abrainc, apresentou as diretrizes do trabalho setorial que será realizado para atendimento ao Decreto 11.075/2022, que tem como objetivo elaborar o maior número de inventários individuais de emissões. Estes inventários servirão para a definição de propostas para debate com o governo federal. 

Lilian Sarrouf e Vanessa Dias, do SindusCon-SP, finalizaram as exposições com apresentação da plataforma CECarbon, Calculadora de Consumo Energético e Emissões de Carbono na Construção Civil, ferramenta que visa contribuir com a gestão climática e energética do setor da construção civil, a partir da padronização de métricas e consistência de dados entre empresas e os atores da cadeia produtiva. 

A ferramenta gratuita, on-line e aderente à realidade das obras, possibilita as melhores escolhas de sustentabilidade desde a fase de projeto até o término da obra e atende totalmente a portaria do Ministério do Desenvolvimento Regional para o programa Casa Verde e Amarela. 

Plano de ação 

As entidades uniram-se e formaram o Comitê Estratégico de Mudanças Climáticas para traçar um plano de trabalho com as incorporadoras, construtoras e entidades com o objetivo de definir as metas setoriais. 

Foi lançada pesquisa preliminar para contabilizar os números de incorporadoras e construtoras que já elaboram os inventários. Em um universo de 77 respondentes, apenas 26% já fazem o inventário. A pesquisa será ampliada para a identificação da maturidade do setor em relação à importância dos dados. É fundamental a adesão do maior número de empresas de incorporação e empresas de construção, pois são elas as responsáveis pelo fornecimento dos inventários que servirão de base para a definição das metas. 

A partir disto, serão organizados os materiais necessários para estudos e alinhamento da produção de propostas para o Plano Setorial de Mitigação das Mudanças Climáticas da Construção Civil – setor de Edificações, que será apresentado aos órgãos governamentais. 

Para tanto, foi solicitado que as empresas elaborem os inventários das obras utilizando a ferramenta CECarbon. Neste primeiro momento, preferencialmente deverão ser lançados os dados das obras que foram concluídas em 2021. Também é possível lançar os projetos em andamento, caso as empresas já tenham as informações. 

Está disponível no site do SindusCon-SP curso on-line, que traz a contextualização sobre emissões, visão geral da ferramenta, usabilidade da ferramenta, entrada de dados e estudo prático: relatório, reportes e inventários. O curso é gratuito, com cinco horas e meia de duração, e permite o exercício prático de uso da ferramenta, com certificação. 

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