SindusCon-SP realizou webinar sobre Oportunidades de Financiamento para o Mercado Imobiliário

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

SindusCon-SP realizou webinar sobre  Oportunidades de Financiamento para o Mercado Imobiliário

Especialistas apresentaram uma análise sobre expectativas e opções e custos

O SindusCon-SP realizou em 11 de abril o Webinar: Oportunidades de Financiamento para o Mercado Imobiliário.  Na ocasião, os participantes receberam uma análise inédita sobre a performance e expectativas para o mercado, explorando as opções, custos, vantagens e desvantagens das modalidades de financiamento disponíveis para o setor.

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, afirmou que tem havido uma diminuição de recursos para o financiamento imobiliário, da parte de sua principal fonte: o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo. De acordo com números deste ano divulgados pela Abecip, no primeiro bimestre, o volume financiado com os recursos da Poupança foi de R$ 20,1 bilhões, uma queda de 10,4% em relação a igual período de 2023. Já no acumulado de 12 meses até fevereiro, o volume financiado somou R$ 150,3 bilhões, um declínio de 14,2% sobre o período imediatamente anterior. “Daí a importância de conhecermos melhor os custos, vantagens e desvantagens das outras modalidades de financiamento disponíveis para o setor”.

Ao tratar sobre as Oportunidades de Financiamento para o Mercado Imobiliário, Rodolfo Senra, sócio fundador da Brio Investimentos destacou nas projeções macroeconômicas que a recuperação esperada para os próximos anos, tende a beneficiar o setor, portanto espera-se que os fundamentos do mercado voltem no curto prazo para níveis pré-pandemia.  Senra afirmou que entre as principais fontes de financiamento atualmente estão os Bancos via SFH, Crédito associativo e SFI. Já no mercado de capitais, as opções estão em FII, CRI, Debêntures, entre outros.  Para Senra, no cenário de crédito no Brasil as Captações líquidas negativas nos últimos 3 anos têm levado à redução do saldo de poupança e reduzido a quantidade de recursos disponíveis para financiamento do setor via crédito direcionado.

Maurício Muniz, sócio responsável pelas estratégias de equity da Brio Investimentos, ao abordar financiamentos via mercado de capitais afirmou que esse mercado tem se desenvolvido muito e, especialmente nos últimos três anos, registrou captações recordes ganhando ainda mais relevância nesse mercado. “Existem hoje várias formas de financiamento via mercado de capitais, podendo ser via equity ou via dívida. Na área de equity, as mais comuns são a emissão de ações dos incorporadores, investimento direto no equity das SPEs imobiliárias, JV’s programáticas e permutas imobiliárias”, afirmou Muniz.

Ao tratar sobre financiamento via Equity com emissão de ações, Muniz destacou as vantagens para as empresas do setor imobiliário: maior alinhamento de risco e maior discricionariedade no uso dos recursos por parte dos emissores, busca de melhores práticas de governança corporativa, tendência à maior profissionalização da gestão, acompanhamento e participação dos investidores no processo de gestão via Conselho de Administração. “Os principais desafios a serem superados por empresas e investidores são as exigências regulatórias, custos elevados (seja da emissão seja do custo do capital), melhores práticas de governança e canais de comunicação com os investidores”, afirmou.

Ao traçar uma análise comparativa entre os bancos e o mercado de capitais (equity e dívida) Pedro Ferronato, analista de Crédito Estruturado da Brio Investimentos, destacou que entre as vantagens dos bancos estão: os benefícios legislativos e tributários; aumento do Tax Shield da operação, aumentando assim a geração de caixa; e, crédito mais barato. Já as desvantagens são pagamento sem relação com o resultado do projeto, riscos atrelados a indexadores da dívida e risco de RJ.

Já quando abordou o segmento de dívida via mercado de capitais, Ferronato apontou que os pontos positivos são: os benefícios legislativos e tributários, a flexibilidade do devedor (emissor), que define as taxas e requisitos do contrato, o crédito mais barato em relação ao equity; por outro lado, as desvantagens são: pagamento sem relação com o resultado do projeto, riscos atrelados a indexadores da dívida, risco de RJ, além de ser uma dívida mais cara que a via SFH.

O moderador do evento foi Eduardo Zaidan, vice-presidente de Economia do SindusCon-SP; e, os debatedores foram Celso Petrucci, economista chefe do Secovi-SP e Ronaldo Cury, vice-presidente do SindusCon-SP. A íntegra do debate está disponível aqui.

O evento contou com o parceiro Institucional ESTADÃO e apoio institucional das entidades: ABECE, ABRAMAT, ABRASIP, ABRINSTAL, AELO, AsBEA-SP, BRASINFRA, DECONCIC/FIESP, SECONCI-SP, SECOVI -SP, SINICESP e SOBRATEMA.

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