Preços dos imóveis residenciais sobem 1,53% em fevereiro no país

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Preços dos imóveis residenciais sobem 1,53% em fevereiro no país

Na cidade de São Paulo, aumento foi de 1,90%, acumulando 8,89% em 12 meses

Os preços dos imóveis residenciais pesquisados em dez capitais do país se elevaram em 1,53% em fevereiro, ante 1,17% em janeiro. No acumulado de 12 meses até fevereiro, o aumento foi de 9,28%, ante a elevação do acumulado de 8,30% até janeiro.

Os dados são do Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Em São Paulo, os preços desses imóveis se elevaram em 1,90% em fevereiro, acumulando 8,89% de aumento em 12 meses.

Além de São Paulo, registraram aumentos em fevereiro: Belo Horizonte (5,50%), Brasília (2,11%), Recife (1,99%), Curitiba (1,62%), Salvador (1,15%), Porto Alegre (0,94%), Goiânia (0,85%) e Rio de Janeiro (0,02%). Fortaleza apresentou queda (-0,20%).

No acumulado de 12 meses, além de São Paulo houve elevações em: Belo Horizonte (12,74%), Goiânia (12,09%), Salvador (11,72%), Curitiba (11,69%), Recife (8,70%), Brasília (7,37%), Rio de Janeiro (7,30%), Fortaleza (4,97%) e Porto Alegre (4,55%).

Na análise da Abecip, os dados mostram uma importante inflexão na dinâmica econômica, especialmente para o setor imobiliário. A ascensão do IGMI-R, em contraste com uma variação moderada do IPCA, sugere que o mercado imobiliário está não apenas se recuperando, mas também ganhando força em termos reais. A mudança de tendência observada no início de 2024 reforça a perspectiva de um viés de recuperação para o setor, possivelmente impulsionada por uma combinação de fatores econômicos.

De acordo com a entidade, a evidência de um crescimento real no mercado imobiliário, em um período caracterizado por uma inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Além disso, sugere que as medidas de política econômica, possivelmente ajustes na política monetária ou incentivos específicos ao setor imobiliário, podem estar surtindo efeito. Este momento destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um componente crucial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos.

Para a Abecip, a possibilidade de desaceleração nos preços dos imóveis residenciais nos próximos meses, caso se concretize, é projetada para ocorrer de maneira mais suave. Isso se deve à continuidade da demanda por imóveis, um fenômeno sustentado não apenas pela melhoria das condições macroeconômicas, mas também pela expectativa de continuidade nos cortes da taxa Selic. A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em março, que reduziu a taxa básica de juros em meio ponto percentual, levando-a a 10,75% ao ano, sinaliza um caminho favorável para a renovação do interesse dos consumidores pela compra de imóveis.

“Este conjunto de fatores cria um cenário otimista para o setor da construção civil. A redução dos juros, ao diminuir o custo do crédito imobiliário, torna a aquisição de imóveis mais acessível para um maior número de pessoas, impulsionando assim a demanda. Além disso, a melhora no mercado de trabalho contribui para aumentar a confiança dos consumidores, que se sentem mais seguros para realizar investimentos de longo prazo como a compra de um imóvel. Portanto, embora existam incertezas quanto à evolução geral da economia, os indicativos atuais apontam para um horizonte de oportunidades e crescimento para o setor da construção civil, sustentados pela dinâmica positiva dos seus principais drivers econômicos”, manifesta a entidade.

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