País aguarda a responsabilidade fiscal

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

País aguarda a responsabilidade fiscal

É preciso sair da espiral que inibe habitação, emprego e renda

No primeiro trimestre do ano, o contingente de brasileiros que pretendiam adquirir um imóvel novo ou usado nos próximos três meses havia se reduzido para 40% – o menor percentual em três anos, informa a pesquisa Raio-X FipeZap+, divulgada pelo Estadão.

Com os juros do crédito imobiliário na faixa de 11% ao ano, o maior desde agosto de 2016, menos famílias conseguem adquirir um imóvel, seja pela renda insuficiente, seja por temor a não terem sua renda reajustada na mesma proporção.

Com a demanda retraída, construtoras e incorporadoras reduzem os lançamentos de novos empreendimentos. Consequentemente, menos unidades habitacionais serão produzidas no futuro. Menos empregos diretos, indiretos e induzidos serão gerados.

Cairá a arrecadação da Previdência, do FGTS e dos cofres públicos. Haverá menos recursos para atender às demandas em saúde, educação, habitação, infraestrutura e segurança pública. Ficará mais difícil arrumar as contas públicas.

Na cidade de São Paulo, os lançamentos caíram 6,3% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2022. As vendas de unidades residenciais novas ainda registraram um crescimento de 13,3% na mesma comparação, porém tendem à queda em abril.

O país precisa sair urgentemente da espiral em que juros excessivamente elevados freiam investimentos e tiram recursos da Poupança, prejudicando a capacidade da indústria da construção de gerar habitação, emprego e renda.Para tanto, faz-se necessária uma sinalização crível de responsabilidade fiscal, como primeiro passo para a adoção de políticas que revertam as expectativas negativas em relação à inflação e ao crescimento econômico. Esta reversão é decisiva para possibilitar a queda da taxa Selic, dar segurança para as famílias tomarem crédito imobiliário e trazer investimentos para a construção.

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