Mais empregos na construção
Espera-se que o Congresso mantenha a desoneração da folha salarial
A indústria da construção abriu 49 mil novos empregos em janeiro, o equivalente a 27,2% dos 180 mil novos postos de trabalho formais gerados no país naquele mês, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Foi o terceiro setor que mais gerou empregos, atrás dos serviços e da indústria.
No acumulado de 12 meses, o saldo entre admissões e demissões na indústria da construção foi positivo em 168,2 mil novos empregos, um aumento de 6,84% em relação ao número de empregados no setor em janeiro de 2023.
No Estado de São Paulo, o setor abriu 19,1 mil empregos em janeiro, representando 50% dos 38,4 mil gerados nesta unidade da Federação.
Os números mais uma vez comprovam a importância da indústria da construção como setor que desempenha um papel econômico e social relevante na formalização massiva de trabalhadores, em um país onde ainda cerca de 50% da mão de obra está na informalidade.
O emprego no setor se traduz em mais obras, mais renda, mais arrecadação, mais recursos para a proteção social do INSS e para o fortalecimento do FGTS.
Em um primeiro momento, o setor estimula centenas de milhares de jovens a se capacitarem nas diversas profissões para trabalharem nas obras. E como o setor se moderniza tecnologicamente, requer uma qualificação crescente e oferece postos de trabalho atrativos a estes jovens.
Para que a construção sustente o ritmo de geração de empregos ao longo dos próximos meses, é fundamental que se mantenha a desoneração da folha salarial do setor.
Neste sentido, não contribui o projeto de lei enviado pelo governo ao Congresso, reonerando a folha a partir deste ano. Se aprovado, só encarecerá o custo das obras, prejudicando até o ritmo de programas do próprio governo, como o Minha Casa, Minha Vida e o PAC. Espera-se do Congresso que mais uma vez mantenha a desoneração.
