Lançamentos voltam a crescer em março na cidade de São Paulo

As vendas de unidades residenciais também seguiram em alta, segundo o Secovi-SP

Um total de 7.119 unidades residenciais foi comercializado na cidade de São Paulo em março, representando aumentos de 53,3% em relação às unidades vendidas em fevereiro, e de 9,6% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses até março, foram vendidas 71.235 unidades, 5,9% a mais que no mesmo período anterior.

Os dados são do Secovi-SP (Sindicato da Habitação). Após dois meses de baixa, em março foram lançadas 6.941 unidades, acréscimo de 298% em relação a fevereiro e aumento de 1% na comparação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado de 12 meses, foram lançadas 74.983 unidades, queda de 12,9% em relação ao mesmo período anterior.

VGV e VSO

O VGV (Valor Global de Vendas) foi de R$ 3,561 bilhões em março e de R$ 34,799 bilhões em 12 meses – valores deflacionados pelo INCC-DI (Índice Nacional de Custo de Construção), da FGV (Fundação Getúlio Vargas), referente a março.

O indicador VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 9,9% no terceiro mês do ano e 51,4% no acumulado de 12 meses.

Oferta

O mercado imobiliário da cidade de São Paulo encerrou o primeiro trimestre com a oferta de 64.913 unidades disponíveis para venda. Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (abril de 2020 a março de 2023).

No mês, o VGO (Valor Global da Oferta) atingiu R$ 42,5 bilhões – valor deflacionados pelo INCC-DI da FGV referente a março.

Dormitórios, área útil e preços

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em março em todos os indicadores: 82% das unidades lançadas (5.666 unidades), 68% das vendas (4.845 unidades), 58% da oferta (37.631 unidades), 46% do VGV (R$ 1.653,4 milhões), 35% do VGO (R$ 14,8 bilhões) e o maior VSO (11,4%).

Imóveis na faixa de 30 m² a 45 m² de área útil lideraram em todos os indicadores: 64% dos lançamentos (4.431 unidades), 58% das vendas (4.146 unidades), 49% da oferta (32.029 unidades), 31% do VGV (R$ 1.099,4 milhões), 23% do VGO (R$ 9,6 bilhões) e o maior VSO (11,5%).

Por faixas de preço, os imóveis com valores entre R$ 240 mil e R$ 500 mil registraram maior volume em lançamentos, com 43% (3.010 unidades); em vendas, com 47% (3.311 unidades), e em oferta, com 46% (29.784 unidades).

Imóveis com valor inferior a R$ 240 mil apresentaram o maior VSO (13,7%). Já unidades com preços acima de R$ 1,5 milhão lideraram em VGO (R$ 16,6 bilhões) e em VGV, com 30% (R$ 1.052,1 milhões) – valores deflacionados pelo INCC-DI da FGV referente a março.

Econômicos e outros mercados

Em março, 49% das unidades vendidas e 56% das unidades lançadas foram enquadradas como econômicas, correspondendo, em termos absolutos, a 3.450 unidades vendidas e 3.893 unidades lançadas. A oferta disponível para a venda deste tipo de imóvel somou 23.434 unidades (36%), com VSO de 12,8%.

Os outros mercados registraram 3.048 unidades lançadas, 3.669 unidades vendidas, oferta final de 41.479 unidades e VSO de 8,1% no terceiro mês do ano.

Zonas da cidade

Em março, o mercado da região Sul foi destaque, com 31% das vendas (2.174 unidades), 33% da oferta (21.233 unidades), VGV de R$ 1,282 bilhão (36%) e VGO de R$ 17,5 bilhões (41,2%).

A zona Leste registrou o maior volume de lançamentos, com 50,1% do total (3.477 unidades), e a zona Norte apresentou o melhor VSO (11,2%).