Fórum Permanente de Negociação debate aumento de casos de dengue

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Fórum Permanente de Negociação debate aumento de casos de dengue
Foto: Leitão, Francisco Júnior, Cincurá, Rosilene, Ramalho Júnior, Roberto, Fratel e Filemon

Juntos, SindusCon-SP, Sintracon-SP e Seconci-SP propuseram ações para o setor

O aumento de casos de dengue foi pauta da primeira reunião do Fórum Permanente De Negociação realizado com a participação de representantes do Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de São Paulo) e do SindusCon-SP, em 23 de fevereiro.

O gerente médico ambulatorial do Seconci-SP, Dr. Alexandre de Castro Costa mostrou virtualmente os principais cuidados prevencionistas para eliminar focos e a proliferação do mosquito. Em relação à vacina, Costa informou que ela pode ser administrada em adultos, jovens e crianças (dos 4 aos 60 anos de idade) e que serão administradas 2 doses, em intervalos de 3 meses entre uma e outra. Nessa primeira etapa serão destinadas pelo Sistema Único de Saúde para adolescentes de 10 a 14 anos que moram em cidades com mais de 100 mil habitantes, considerando as taxas de transmissão local. O Seconci-SP não tem a vacina contra a dengue.

Orientações para canteiros de obras

Diante da elevação dos casos de dengue, o Seconci-SP reforça as seguintes orientações para a prevenção da doença nos canteiros de obra:

  • Previna permanentemente o acúmulo de água, pois os ovos da fêmea do mosquito Aedes Aegypti, transmissor do vírus da dengue, se desenvolvem em recipientes de todos os tamanhos, desde reservatórios até baldes e tampinhas de garrafas.
  • Preste atenção a locais como bolsões formados por lonas, carrinhos de mão, betoneiras, lajes e fossos de elevadores.
  • Verifique todos os locais da obra, principalmente as áreas onde os trabalhadores já não estão mais mexendo todos os dias.
  • Mantenha recipientes sempre limpos, uma vez que os ovos depositados poderão se manter vivos esperando pela água por mais de um ano para se desenvolverem.
  • Institua uma rotina de rondas diárias de inspeção e aborde a prevenção nos Diálogos Diários de Segurança.
  • Fique atento a possíveis criadouros no entorno da obra, como em terrenos baldios e residências desocupadas, e acione a Prefeitura para entrar em contato com o responsável pelo local.

Sintomas e tratamento

Transmitida por meio de vírus por meio da picada do mosquito Aedes Aegipty, a dengue tem como principais sintomas febre alta, dor de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, náuseas, tontura, cansaço extremo, manchas pelo corpo e perda de apetite e paladar.

O vírus da dengue possui quatro variações e, uma vez infectada, a pessoa fica imune somente àquele tipo da doença. Por isso, um paciente pode contrair a dengue até quatro vezes. Os sintomas são os mesmos em todos os tipos, com exceção do 4, que é a hemorrágica – e mais grave –, em que o paciente apresenta sangramentos, fica extremamente debilitado em virtude da queda de plaquetas no sangue e pode até morrer.

Os primeiros sinais costumam aparecer de 2 a 9 dias após o contágio, que é o período de incubação da doença. Já a detecção da dengue ocorre por meio de exame de sangue, realizado preferencialmente a partir do sexto dia de contaminação, quando os resultados são mais conclusivos. Quanto ao tratamento, como não existe cura para a dengue, é focado na atenuação dos sintomas e na hidratação do paciente.

Não devem ser usados medicamentos à base de ácido acetil salicílico e antiinflamatórios, como aspirina e ibuprofeno, pois podem aumentar o risco de hemorragias.

O Seconci-SP oferece palestras nos canteiros de obras de conscientização sobre a doença e os cuidados para sua prevenção.

Iniciativa na construção

Na ocasião, o membro do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ) e do Conselho Consultivo do SindusCon-SP, Sergio Cincurá apresentou as importantes iniciativas da Lindenberg Construtora para combater possíveis focos de dengue nos canteiros de obras, engajar os funcionários sobre o tema e para fortalecer as relações com os vizinhos dos locais das construções e a comunidade do entorno.

O Fórum aconselha que o construtor mantenha um bom relacionamento com a vizinhança e promova ações conjuntas de combate ao mosquito da dengue. Se cada obra trabalhar com um raio de atuação e conscientização adequado, o poder de mitigar os efeitos nocivos do mosquito e sua capacidade de transmissão será mitigado.

Participaram do encontro pelo SindusCon-SP: David Fratel, coordenador do Grupo de Trabalho de Recursos Humanos (GTRH) do CTQ; Filemon Lima, gerente de Relações Institucionais, e Rosilene Carvalho, gerente do Jurídico. Atevaldo Vieira Leitão, Antonio de Souza Ramalho Júnior, Francisco Júnior e José Roberto representaram o Sintracon-SP na ocasião.

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