Empresários da construção esperam tempos melhores

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Empresários da construção esperam tempos melhores

Mas mantêm a percepção pessimista sobre a situação atual, informa a CNI

Puxado pelo aumento das expectativas, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (Icei) avançou 0,4 ponto em março, passando para 53,8 pontos.

É o que mostra pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada de 1º a 11 de março, junto a 327 empresas, sendo 125 pequenas, 131 médias e 71 grandes. A pontuação vai de 0 a 100, denotando otimismo ou confiança a partir de 50.

O aumento do Icei deveu-se à alta de um de seus componentes, o Índice de Expectativas, que mensura as expectativas do empresário com relação à economia brasileira e à empresa para os próximos seis meses.

O Índice de Expectativas avançou 1,2 ponto em março, passando para 57 pontos. Esse aumento ocorreu principalmente devido à melhora das expectativas do setor de Serviços Especializados com Construção.

Já o outro componente do Icei, o Índice de Condições Atuais, que avalia a percepção dos construtores acerca das condições atuais da economia brasileira e da empresa, registrou queda de 1,3 ponto, passando para 47,4 pontos em março. A percepção de piora das condições correntes prevaleceu nos segmentos de Construção de Edifícios e de Serviços Especializados com Construção. Já no segmento de Obras de infraestrutura, o indicador aumentou, embora ainda se mantenha no campo negativo.

Expectativas sobem e descem

Entre altas e recuos, todos os indicadores de expectativas para os próximos meses permaneceram acima dos 50 pontos e maiores que as médias para março de anos anteriores.

O índice de expectativa do nível de atividade avançou 0,6 ponto de fevereiro para março, passando de 54,1 pontos para 54,7 pontos. O indicador de expectativa de novos empreendimentos e serviços avançou 0,4 ponto, passando de 52,6 pontos, para 53 pontos.

Já o índice de expectativas de compra de insumos e matérias-primas recuou 0,4 ponto, passando para 52,7 pontos em março. E o índice de número de empregados apresentou queda de 1,7 ponto frente ao mês anterior, baixando para 52,2 pontos.

Intenção de investir cai

O índice de intenção de investimento da indústria da construção apresentou queda de 3,9 pontos, passando a 40,6 pontos e reduzindo a distância em relação à média histórica, de 37,3 pontos.

Percepção sobre a atividade atual

O índice de evolução do nível de atividade da indústria da construção ficou em 46,2 pontos em fevereiro, ante 45,4 pontos em janeiro. O índice costuma ficar abaixo de 50 pontos em fevereiro. Ainda assim, a pontuação ficou acima dos 46 pontos registrados em fevereiro do ano passado, e maior do que a média histórica para o mês (45,4 pontos).

Já o índice de evolução do número de empregados ficou em 46 pontos em fevereiro, inferior aos 47,6 pontos registrados no mesmo mês de 2023. O recuo é usual para o período e o índice em fevereiro de 2024 foi superior à média histórica para o mês, de 45 pontos.

Capacidade operacional

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) caiu um ponto percentual entre janeiro e fevereiro de 2024, para 67%. O percentual é 2 pontos percentuais maior que a UCO de fevereiro de 2023.

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