CPR-SP discute dengue e ensaios em eixos de elevadores

Rafael Marko

Por Rafael Marko

CPR-SP discute dengue e ensaios em eixos de elevadores

Auditor fiscal Antonio Pereira recomenda inserir no PGR as medidas de prevenção à doença

Orientações sobre prevenção à dengue e uma apresentação sobre ensaios não destrutíveis em eixos de elevadores e outros equipamentos foram os destaques da 1ª Reunião Online de 2024 do Comitê Permanente Regional do Estado de São Paulo (CPR-SP) da Norma Regulamentadora (NR) 18, em 12 de março.

O dr. Alexandre de Castro Costa, gerente Médico Ambulatorial do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), discorreu em sua apresentação sobre a epidemia de dengue. Alertou para o rápido aumento da doença e das mortes geradas. Destacou a importância de prevenção à proliferação do mosquito transmissor nas casas e nas obras. Falou dos sintomas, recomendou hidratação vigorosa e, nos casos mais graves, buscar atendimento médico para aplicação de soro.

O médico comentou que, após a fase aguda que dura cerca de uma semana, o mal-estar e o cansaço ainda podem perdurar por meses. Chamou atenção para se evitar medicamentos à base de ácido acetil-salicílico. Afirmou que as vacinas são seguras e efetivas, e manifestou a expectativa de que sejam largamente aplicadas em 2025. Recomendou clorar a água que precisa ficar parada, como nos testes e impermeabilização. E colocou à disposição um material produzido pelo Seconci-SP para distribuição nos canteiros de obras.

Antonio Pereira, auditor Fiscal do Trabalho e coordenador do Projeto da Construção da Seção de Segurança e Saúde no Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho (SRTb/SP) no Estado de São Paulo, recomendou que as medidas de prevenção à dengue nas obras sejam inseridas no PGR (Plano de Gerenciamento de Riscos).

Ensaios em eixos de elevadores

Na sequência, Newton Iannoni, técnico em ensaios não destrutíveis e diretor da UTE (Associação Francesa de Normas Técnicas), palestrou sobre os ensaios não destrutíveis em eixos de elevadores.

Iannoni chamou a atenção para a importância da inspeção dos eixos de elevadores a cada mudança de obra, de seis em seis meses ou até em períodos menores, com emissão de novos laudos. Informou não existir uma diretriz nem um único padrão de ensaio, e o de ultrassom não detecta certas trincas. Recomendou o ensaio de partículas magnéticas ou de líquido penetrante (LP), mas alertou que este último serve só para a superfície da peça. E informou que combina ensaios de partículas com o de ultrassom.

O técnico alertou ainda para falta de critérios, que resulta na fabricação de eixos com materiais inferiores ou usados encamisados e vendidos como novos. Disse ter reprovado muitos eixos, principalmente os de redutores. Afirmou que também surgem problemas na usinagem e na fadiga do material. E defendeu que os ensaios sejam feitos por empresas e profissionais qualificados no Nível 2, que podem realizá-los e assinar os laudos.

Antonio Pereira afirmou que a fiscalização está bastante preocupada com problemas detectados nas locadoras de equipamentos. Lembrou de acidentes fatais de elevadores de obras. Preconizou a necessidade de detalhar melhor a normatização das inspeções e dos ensaios, e do plano de manutenção dos equipamentos. E recomendou que se cobrem das locadoras de equipamentos a realização de ensaio de partículas magnéticas antes da montagem dos elevadores e nas manutenções.

Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP e membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP, defendeu a necessidade de se atentar para a qualidade de peças montadas com partes de diferentes fornecedores. 

Prêmio Seconci-SP

O evento foi coordenado por Antonio Pereira; José Bassili, gerente de Segurança Ocupacional do Seconci-SP, e Valdizar Albuquerque, presidente do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho no Estado de São Paulo (Sintesp).

Bassili convidou a todos a participarem do workshop híbrido de lançamento do Prêmio Seconci-SP de Saúde e Segurança do Trabalho, a realizar-se em 20 de março. Albuquerque alertou para a precarização que estaria ocorrendo em algumas empresas, das condições de SST.

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