Construindo o futuro por meio da descarbonização das cidades

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Construindo o futuro por meio da descarbonização das cidades

Francisco Antunes de Vasconcellos Neto abordou o tema em artigo

Vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto

O artigo “Construindo o futuro através da descarbonização das cidades” do vice-presidente do SindusCon-SP, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto foi publicado no dia 2 de abril no jornal O Estado de S. Paulo na coluna da Federação Internacional Imobiliária (FIABCI).

De acordo com o material, o aumento da consciência ambiental e a necessidade de combater as mudanças climáticas, cada vez mais evidentes, têm direcionado a atenção de todos os setores para a descarbonização, um processo essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Nessa realidade, as cidades são protagonistas, responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), principalmente devido ao uso intensivo de energia em edifícios, transportes e indústrias.

Por fim, o artigo informa que “o planejamento urbano sustentável vem para somar em todos os âmbitos.  Ele é essencial para criar cidades mais saudáveis e eficientes para seus habitantes, além, é claro, de proporcionar vantagens significativas para a economia do setor”.

Confira a íntegra do material:

Construindo o futuro através da descarbonização das cidades

Além de beneficiar o planeta e a sociedade, diminuição de gases poluentes impacta diretamente no mercado imobiliário

*Por Francisco de Vasconcellos Neto

O aumento da consciência ambiental e a necessidade de combater as mudanças climáticas, cada vez mais evidentes, têm direcionado a atenção de todos os setores para a descarbonização, um processo essencial para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

Nessa realidade, as cidades são protagonistas, responsáveis por uma parcela significativa das emissões globais de dióxido de carbono (CO2), principalmente devido ao uso intensivo de energia em edifícios, transportes e indústrias.

De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), as indústrias representam 34% das emissões globais de carbono. Paralelamente, o setor imobiliário contribui com 16% das emissões totais. Nesse cenário, os edifícios residenciais se destacam, contribuindo com 11% das emissões, enquanto outros tipos de construções são responsáveis pelos outros 5%.

Atualmente, países como China, Estados Unidos e Índia estão no topo do ranking dos maiores poluidores do meio ambiente. O Brasil, por sua vez, é considerado o sexto país que mais polui no mundo. Em meio a uma crise climática, a nação vem correndo para reduzir significativamente o dióxido de carbono lançado na atmosfera em 48% até 2025, e 53% até 2030.

Além disso, em 2023, o país reforçou seu compromisso de alcançar emissões líquidas neutras até 2050, implicando que, qualquer emissão remanescente, deverá ser compensada por meio de fontes de captura de carbono, como o plantio de florestas, recuperação de biomas, entre outras tecnologias.

Esses objetivos representam um desafio expressivo para o território, mas também uma oportunidade única. Especificamente para o setor imobiliário, esse é o momento para investir e participar da construção de lugares mais sustentáveis e resilientes.

Para isso, as cidades precisam ser pensadas de forma crítica, inteligente e ecológica.  Fatores como transição de energias renováveis, melhorias na eficiência energética, promoção de transporte sustentável, preservação de áreas verdes e uma gestão eficiente de resíduos são apenas algumas das estratégias que devem ser adotadas pelo país e fortalecidas pelo mercado imobiliário em seus projetos.

Lugares como Suécia, Noruega, Dinamarca e Suíça já são grandes exemplos inspiracionais de como a descarbonização urbana pode ser alcançada com sucesso. Essas nações têm investido consideravelmente em tecnologias limpas e políticas de urbanismo, apresentando resultados efetivos. E é nesses lugares que precisamos nos espelhar para trilharmos o nosso caminho!

A redução das emissões de carbono, tanto nas cidades como nas construções, não apenas contribui para a preservação do meio ambiente, mas também torna os espaços e imóveis mais atrativos e valorizados. Além disso, cidades que adotam práticas sustentáveis podem se tornar centros de inovações e atrair investimentos em tecnologias limpas e soluções inteligentes, impulsionando a competitividade global.

Em suma, o planejamento urbano sustentável vem para somar em todos os âmbitos.  Ele é essencial para criar cidades mais saudáveis e eficientes para seus habitantes, além, é claro, de proporcionar vantagens significativas para a economia do setor.

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