ConstruCarta: Ocupação na construção cai em 2023, mas emprego com carteira cresce

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

ConstruCarta: Ocupação na construção cai em 2023, mas emprego com carteira cresce

Esse cenário deverá manter o mercado de trabalho pressionado ao longo do ano

No último trimestre de 2023, o número de ocupados no país alcançou 100,985 milhões de pessoas, o que representou um crescimento de 1,6% em relação ao mesmo período de 2022 e trouxe a taxa de desemprego para 7,4%, a menor desde 2014. No Estado de São Paulo, a taxa de desocupação ficou ainda mais baixa, 6,9%.

Na média do ano, a ocupação no país avançou 1,4%. Houve crescimento em quase todas as categorias de ocupação, com destaque para a alta de 3,5% no número de trabalhadores do setor privado com carteira.
Nesse mesmo período, a construção foi responsável pela ocupação de 7,439 milhões de pessoas, ou seja, representando 7,4% do contingente nacional. A melhor posição do setor foi alcançada em 2013, com 8,295 milhões pessoas ocupadas, o que correspondeu a 9% do total nacional.

Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na construção na semana de referência, por posição na ocupação, mil pessoas

Na comparação com o último trimestre de 2022, a ocupação na construção registrou variação de 1%, resultado insuficiente para compensar a queda dos trimestres anteriores, assim, na média do ano houve redução de 1,7%.

O resultado negativo decorreu da retração observada na ocupação dos trabalhadores sem carteira e por conta própria, de 1,3% e 2,5%, respectivamente. Em contrapartida, o número de trabalhadores com carteira aumentou 2%, nessa mesma comparação com o ano de 2022.

Assim, a despeito da contração, vale o destaque para a melhora na qualidade do emprego gerado no setor: os trabalhadores assalariados e registrados passaram a superar a proporção daqueles sem carteira.
Pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupadas na construção na semana de referência, por posição na ocupação, 4º tri 2023, mil pessoas

No estado de São Paulo, a construção respondeu pela ocupação de 1,681 milhão de pessoas, registrando alta de 4,2% em relação ao último trimestre de 2022 e queda de 2,4% na média do ano. Os resultados da PNAD confirmam a dinâmica de crescimento da atividade formal do setor da construção em 2023, que contribuiu para manter o mercado aquecido, elevando o salário médio real em 3,4%, de acordo com a pesquisa do IBGE.

Vale notar que os números do Caged, com outra metodologia de pesquisa, também apontaram o crescimento do emprego com carteira na construção em 2023, de 6,7%. Houve queda no saldo líquido (contratação menos demissão), revelando a desaceleração da atividade no segmento de Edificações. No entanto, para 2024, sondagem do FGV IBRE apontou a intenção de contratação positiva entre os empresários, corroborando as projeções de retomada do ciclo de negócios. Esse cenário deverá manter o mercado de trabalho pressionado ao longo do ano.

Confira a íntegra da análise elaborada pelo FGV/Ibre, especialmente para o SindusCon-SP, aqui.

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