ConstruCarta Nível de Atividades: Alta do emprego reflete atividade aquecida em 2022

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

ConstruCarta Nível de Atividades: Alta do emprego reflete atividade aquecida em 2022

Ciclo de produção conjuntamente com um desempenho das vendas de imóveis novos sinalizam crescimento do emprego também em 2023

O Brasil contabilizava em novembro do ano passado 2,6 milhões de trabalhadores com carteira do setor da construção. Na comparação com outubro houve queda de -18,7 mil, refletindo a sazonalidade negativa dos últimos meses do ano. Já em relação a novembro de 2021, o número de empregos formais cresceu 8,8%. No ano, o crescimento acumulado alcançou 10,2%.

Os três segmentos setoriais registraram crescimento que se traduziu na maior contratação de mão de obra. No entanto, a maior elevação ocorreu no segmento de Serviços Especializados, que compreende obras de Preparação de Terrenos, Instalações e Acabamento. Ou seja, essas atividades representam etapas do processo produtivo, assim, o crescimento é, em grande parte, resultado do aumento da atividade dos outros dois – Infraestrutura e Edificações. De fato, a elevação em Serviços que alcançou até novembro 11,1% decorreu do maior aquecimento do mercado imobiliário. O emprego no segmento de Edificações também apresentou taxa de expansão expressiva: 9,9% no mesmo período. Por sua vez, na Infraestrutura, o aumento foi de 3,9%.

A análise regional mostra que houve aumento da atividade em todas as regiões, sendo que o Centro-Oeste e o Nordeste observaram as maiores taxas – 15,8% e 13,5%, respectivamente. A região Sudeste, que responde por 50% do total de trabalhadores do setor, teve crescimento de 9,4% no ano, sendo que o melhor desempenho ocorreu no Rio de Janeiro (16%).

No Estado de São Paulo, com alta de 10,1% no mesmo período, o número de empregados atingiu 706,7 mil em novembro. Assim como foi observado para o país como um todo, Serviços e Edificações impulsionaram a contratação de trabalhadores formais no estado – com taxas de 13,3% e 11,7%, respectivamente, – enquanto na Infraestrutura, o aumento foi de 3,6%.

Enfim, o perfil da contratação confirma a importância da expansão do mercado imobiliário na geração de emprego e renda em 2022. O aumento do emprego no segmento foi observado em todas as unidades da Federação, tendo alcançado taxas de dois dígitos na maior parte delas.

Vale notar que a Sondagem da Construção do FGV IBRE realizada em dezembro apontou que os empresários do setor chegaram ao final do ano mais pessimistas com as perspectivas da demanda. Na comparação com dezembro de 2021, o pessimismo aumentou em todos os segmentos, o que deteriorou também o indicador de Emprego Previsto. No entanto, o ciclo de produção que ultrapassa o período de 12 meses conjuntamente com um desempenho bastante positivo das vendas de imóveis novos no ano passado sinaliza crescimento do emprego também em 2023.

Leia a íntegra da análise elaborada pelo FGV/Ibre especialmente para o SindusCon-SP aqui.

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