Construção pede ao BC flexibilização do compulsório da Poupança

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Construção pede ao BC flexibilização do compulsório da Poupança

Se o pleito for aceito, crédito imobiliário aumentará em R$ 38 bilhões

O SindusCon-SP, a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) solicitaram ao Banco Central, no início de março, a flexibilização do depósito compulsório de 20% dos recursos da Poupança, que as instituições financeiras precisam fazer no BC.

Com isso, mais R$ 38 bilhões seriam liberados para que essas instituições financiem a produção e a aquisição de unidades residenciais novas. O Banco Central ficou de analisar a proposta.

Os bancos alegam estarem “superaplicados”. Ou seja, estariam investindo praticamente todos os 65% dos depósitos de Poupança a que são obrigados no financiamento habitacional. Se o BC concordar com o pleito das entidades, haverá um alívio na concessão dos financiamentos ao mercado, ora muito restrito.

As entidades argumentaram que esses R$ 38 bilhões a mais poderiam resultar na construção de 160 mil apartamentos, gerando 900 mil empregos e R$ 10 bilhões em impostos.

Os financiamentos imobiliários, que em 2021 totalizaram o valor recorde de R$ 201 bilhões, caíram para R$ 179 bilhões em 2022. Para 2023, a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) prevê que o valor chegue a R$ 156 bilhões. Se a proposta das entidades for aceita, os recursos para o crédito imobiliário poderão ultrapassar o total financiado no ano passado.

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