Conheça os desafios do 5º ciclo do Programa de Inovação Aberta do iCON Hub

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Conheça os desafios do 5º ciclo do Programa de Inovação Aberta do iCON Hub

Webinar contou com representantes das mantenedoras Idibra, Marquise, Mota Machado e Trisul

No dia 28 de setembro foi realizado o webinar de lançamento de Desafios iCON Hub referentes ao Ciclo 5 do Programa de Inovação Aberta. O evento virtual teve como objetivo apresentar às startups os desafios de quatro grandes empresas da construção civil – Idibra, Marquise, Mota Machado e Trisul – para que se inscrevam e tenham suas soluções avaliadas.

As startups que participam do programa geralmente possuem interesses de validação de suas soluções, parcerias comerciais para acesso ao mercado via potencial de larga escala das mantenedoras e, eventualmente, também buscam investimentos.

A participação do iCON neste relacionamento é para aumentar as chances de sucesso de ambas as partes: a empresa que busca a solução e a startup que quer ser contratada.  Caso você tenha perdido, segue a íntegra do evento aqui. Inscreva a sua startup aqui. O encerramento das inscrições será no dia 23 de outubro.

Desafios

Trisul

Ao apresentar o desafio da sua empresa, Suleir Branco, superintendente de TI e Processos destacou a importância de poder contar com o iCON Hub em todos os outros ciclos. “Esse é um grande diferencial para a nossa atividade interna e para as soluções de nossos desafios”, destacou.

Neste momento, o desafio lançado oficialmente no evento tem a temática “digitalização do processo de lançamento e aprovação de Documentos Fiscais para pagamento a fornecedores”. Ele propõe a digitalização do processo de lançamento e aprovação de documentos fiscais, considerando o volume de retrabalho em sistemas distintos que não se integram.

Suleir destacou a dificuldade dos municípios em disponibilizar as notas fiscais de serviço em um layout padronizado. “Identificamos também que a complexidade do processo atual (com inputs manuais) favorece erros por parte dos usuários. Temos por objetivo a diminuição de trabalhos manuais, redução de custos (pagamento de juros), automatização de processos, a fim de liberar a equipe para desenvolvimento de atividades estratégicas da área”.

Idibra

Como podemos reduzir o tempo do processo de incorporação para viabilizar projetos junto aos órgãos externos, para reduzir prazos, custos e retrabalhos? Essa é a pergunta maior do desafio apresentado por Fabíola Coelho, Superintendente Administrativo-Financeira da Idibra. “Buscamos a automação dos processos de incorporação, com inserção de alertas de prazos e restrições, visando maior otimização de tempo e redução dos custos”, afirmou Fabíola.

A Idibra quer a automatização do processo de regularização imobiliária desde o momento da incorporação e aquisição dos terrenos até a finalização (averbação da construção e instituição condominial). Isso porque atualmente todas as entregas aos órgãos externos são realizadas de forma manual e individual, criando gargalos na identificação de divergências a tempo, o que propicia erros, devido ao alto volume da documentação gerada e acarreta em atrasos, com possibilidade de multas, dificuldade de acompanhamento do processo e falta de agilidade na tomada de decisões.

Além disso, os órgãos relacionados muitas vezes não apresentam digitalização dos processos internos e há mudanças frequentes (legislativas ou de projeto) que contribuem para retardar ainda mais o processo.

Marquise

Pedro Rangel, engenheiro de Inovação e Qualidade Marquise destacou que o foco principal de seu desafio está nas obras de alto padrão em São Paulo e Fortaleza. “Queremos otimizar nossos produtos e processos a fim de reduzir os custos de obra e melhorar a competitividade e os resultados da empresa”, afirmou.

“Nossos orçamentos estão sendo fechados acima do custo, dificultando o atingimento das metas, fazendo com que não consigamos comprar novos terrenos e, consequentemente, lançar novos empreendimentos”, afirmou, destacando ainda que a Marquise busca essa redução do custo com utilização de novos materiais e tecnologias, otimização de produtividade no canteiro de obras e melhorias no desenvolvimento dos produtos que não se encaixe em soluções concernentes à gestão de obras, logística de canteiro e planejamento.

Mota Machado

A inovação está no DNA de nossa empresa. Assim, Tatiana Freire, coordenadora de Inovação da mantenedora Mota Machado iniciou a apresentação do desafio: Como fazer o acompanhamento (previsto x realizado) e reprojeção da viabilidade do empreendimento ao longo do tempo?

A empresa realiza atualmente estudos de viabilidade anteriores ao lançamento do empreendimento, que não são atualizados posteriormente, de acordo com o desenvolvimento do projeto. Tem-se como objetivo, acompanhar mês a mês a evolução dos indicadores, conforme andamento do empreendimento, podendo-se reprojetar ou atualizar os indicadores “a realizar” (custo, venda, despesas).

As informações concernentes aos “realizados” são gerados e consolidados no ERP RM TOTVs, e as previsões e análises são desenvolvidas em planilha Excel. “Devido ao grande volume de dados, com origens em diferentes sistemas, e ausência de integração e comunicação entre estes, as análises desenvolvidas não conseguem ser atualizadas e reprojetadas de maneira objetiva e eficaz. Há ainda, o desejo em possibilitar a inteligência de construção de cenários futuros e divergentes para facilitar as análises e tomada de decisão”.

Cronograma

Guilherme Rosa, Head do iCON apresentou o cronograma de todo o ciclo no evento. A comunicação das startups selecionadas para o Bootcamp será no dia 9 de novembro, para participarem dos encontros que ocorrerão a partir de 21 de novembro. A comunicação das startups selecionadas para a Prova de Conceito (PoC), a partir de 28 de novembro.

As startups contam sua experiência

Seguem alguns relatos de startups que participaram do Programa e tiveram suas soluções validadas:

Jesuino Lopes, fundador da ZEHNK, participante do ciclo 1 com a Conx, declarou que o iCON conseguiu equilibrar muito bem os estágios de maturidade dos mantenedores com as startups, fazendo a conexão, sempre cuidando bem para haver cadência adequada entre as partes. “Houve contribuições com conteúdos para a startup, como o one page report”.

Ao comentar a sua experiência com o hub, ainda no primeiro ciclo com a Pacaembu, Murilo Lopes, fundador GescorpGO, informou que “foi ótimo participar do iCON Hub. O segmento de inovação na construção está muito aquecido e o iCON tem uma participação muito importante nisso”.

Ao participar do desafio Digitalização da gestão de materiais na obra, desde o recebimento até a alocação, no ciclo 2, Diego Araújo, gerente de Serviços da Hilti, contou que a empresa já tinha uma solução pronta e continua prestando serviço para a RFM. “A experiência foi muito positiva. Aprendemos bastante durante o processo e conseguimos entregar uma solução ideal para o cliente”, destacou sobre o iCON Hub.

Selecionada para o desafio Criar uma plataforma de solução digital para condôminos, no segundo ciclo, Johnnyson Araújo, fundador da APPTOHOME, afirmou que “sem a conexão da iCON, não imaginávamos como ter acesso aos grandes players da construção civil”. A solução hoje está em roll out na Plaenge.

Felipe Perini, fundador da CAPTEI, ressaltou que houve avanço no desenvolvimento e comercialização da solução com o mantenedor Trisul e que o hub foi um facilitador de todo o processo.

A startup Eversee já possuía a solução ponta e testou em uma obra da Sinco. Oswaldo Rodrigues, fundador da Eversee, destacou a metodologia de apoio do iCON Hub , destacando positivamente o desenvolvimento da programa.

Ao longo dos quatro ciclos somamos 213 inscrições de startups, em um total de 18 desafios de nossas mantenedoras. Em relação as Provas de Conceito, 86% delas foram validadas e/ou entraram em roll out, constituindo um número elevado de aproveitamento. 

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