Caixa avança na aprovação das contratações do Minha Casa 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Caixa avança na aprovação das contratações do Minha Casa 
Foto: Almeida, Cury, Daniela, Inês, Estefan, Vinólia e Lima, no SindusCon-SP

Vice-presidente de Habitação Inês Magalhães participou de reunião com SindusCon-SP e Secovi-SP 

A Caixa Econômica Federal deve divulgar em setembro as primeiras listas de propostas enquadradas no Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), distribuídas dentro dos Estados. Até 31 de julho, a instituição recebeu, de empresas do Estado de São Paulo, 245 propostas para a construção de 28.850 unidades (mais que o dobro da meta de 12.973 unidades), com recursos do FAR (Fundo de Arrendamento Residencial). 

As informações foram dadas por Inês Magalhães, vice-presidente de Habitação da Caixa, na reunião do Comitê de Habitação Popular (CHP) do SindusCon-SP e da Vice-Presidência de Habitação Econômica do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), em 17 de agosto. O evento foi conduzido por Daniela Ferrari, vice-presidente de Habitação do SindusCon-SP e diretora da VP de Habitação Econômica do Secovi-SP. 

A vice-presidente da Caixa informou que, nos primeiros sete meses do ano, a instituição concedeu R$ 41 bilhões de financiamentos imobiliários com recursos da Poupança, dos R$ 75 bilhões previstos para esta finalidade em 2023. A partir de 2025, a perspectiva é de aumento desses recursos. No FGTS, já foram executados R$ 53,4 bilhões de janeiro a julho, suprindo a escassez dos recursos da Poupança. 

Desde o lançamento do atual MCMV, prosseguiu Inês, a Caixa celebrou 47,9 mil contratos para pessoas físicas com recursos do FGTS, no valor de R$ 7,02 bilhões, e 218 contratos para pessoas jurídicas, no total de R$ 3, 85 bilhões. Nos primeiro sete meses do ano, a Caixa concedeu financiamentos com recursos do FGTS de R$ 13,9 bilhões para pessoas físicas e de R$ 6,1 bilhões para pessoas jurídicas, totalizando 82,3 mil moradias. Para 2024, a previsão é de utilização de recursos de R$ 71,3 bilhões em financiamentos do Fundo, mais R$ 8,5 bilhões em subsídios, totalizando R$ 79,8 bilhões. Até o final do ano, devem se retomar as obras de 30 mil unidades habitacionais paralisadas. 

A vice-presidente destacou as novas diretrizes do Minha Casa. Informou que a Caixa se prepara para aumentar as parcerias com Estados e Municípios. Uma normativa deverá sair pelo Ministério das Cidades, padronizando as contrapartidas em terrenos doados, recursos financeiros como o cheque moradia, ou execução de infraestrutura. Espera-se que antes de novembro saia o FGTS Futuro. 

Ela informou que será possível financiar empreendimentos mistos com fachada ativa, desde que a área comercial se limite a 20% da área do empreendimento. Disse estar aberta a rever as reciprocidades oferecidas pela Caixa, para que estejam mais aderentes às necessidades das empresas. E manifestou a expectativa de que futuramente a digitalização seja remodelada e acelere a tramitação dos projetos na instituição. 

Segundo Inês, está na pauta da Caixa retomar a participação no esforço de inovação e industrialização. A instituição também deverá ter uma linha de apoio específica ao retrofit na área da habitação popular. 

Aumentos de preços 

Yorki Estefan, presidente do SindusCon-SP, manifestou a satisfação da entidade em receber a vice-presidente da Caixa, “lutadora do nosso setor”. Ele solicitou o apoio da Caixa para participar do esforço de contenção de aumentos de preços dos insumos, “para não prejudicar os programas de governo”. E colocou o SindusCon-SP à disposição para colaborar com o que for preciso realizar. 

Ronaldo Cury, vice-presidente de Relações Institucionais do sindicato, elogiou o trabalho feito em seis meses para tornar o programa Minha Casa atrativo às construtoras. Victor Bassan de Almeida, diretor adjunto de Habitação do SindusCon-SP, destacou que a Caixa é a grande parceira do setor da construção para prover a habitação que traz dignidade às empresas e seus clientes finais.  

Daniela Ferrari relatou o andamento do programa municipal Pode Entrar, da Prefeitura de São Paulo, que se prepara para contratar as primeiras 7 mil unidades habitacionais com a documentação completa, segundo informou o secretário municipal de Habitação, Milton Vieira. A vice-presidente do SindusCon-SP informou ainda sobre o andamento do programa estadual Casa Paulista. Almeida relatou que, dos 60 mil cheques previstos neste programa, 36 mil foram liberados. 

Os participantes da reunião apresentaram diversas sugestões para o aperfeiçoamento dos procedimentos da Caixa. O evento ainda contou com as presenças de Vinólia Curvina, gerente nacional da Caixa, e de Filemon Lima, gerente de Relações Institucionais do SindusCon-SP. 

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