Bom ano para a construção
Por Redação SindusCon-SP
PIB do setor deve crescer 2,9% em 2024, estima o SindusCon-SP
A indústria da construção prepara-se para incrementar sua atividade em 2024.
A redução da taxa básica de juros deverá levar ao aumento dos investimentos na construção e a uma diminuição dos juros no crédito habitacional, facilitando o acesso de mais famílias à casa própria.
O orçamento do FGTS para o financiamento à moradia será recorde: R$ 105,65 bilhões. O Fundo também destinará R$ 9,95 bilhões para subsídios ao Minha Casa, Minha Vida. Espera-se o crescimento de programas habitacionais estaduais e municipais, como o Casa Paulista e o Pode Entrar, de São Paulo.
Aguardam-se também mais investimentos em infraestrutura por obras do PAC e por obras derivadas das eleições municipais e de concessões.
A construção também continuará com a opção de desonerar a folha de pagamentos, após a derrubada do veto que pretendia extinguir esse benefício.
Com a inflação sob controle, os preços dos materiais de construção deverão apresentar menos volatilidade e motivar seu maior consumo por famílias e pelas construtoras. Estas também continuarão investindo em capacitação dos colaboradores e incremento da produtividade.
Ainda há incógnitas. Haverá um controle dos gastos públicos que assegure a continuação do ritmo da redução dos juros? O saque-aniversário mudará a ponto de afetar o volume de recursos do FGTS ao crédito habitacional? Commodities e combustíveis encarecerão se o cenário externo se agravar? A renda real das famílias seguirá em recuperação?
Tudo isto pesado, o SindusCon-SP e o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) estimam que o PIB da construção deverá crescer 2,9% em 2024, assim composto: Empresas (+3,7%), Edificações (+3,5%), Infraestrutura (+6%), Serviços especializados (+2,5%) e Consumo das famílias (+1,5%).