Aumentos de preços de imóveis residenciais aceleram em julho

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Aumentos de preços de imóveis residenciais aceleram em julho

São Paulo registrou elevação de 0,49% no mês, acumulando 10,42% em 12 meses 

O ritmo de crescimento dos preços dos imóveis residenciais novos em dez capitais do país se acelerou em julho, quando esses preços se elevaram 0,63%, na comparação com junho, quando haviam subido 0,48%. Entretanto, no acumulado de 12 meses, houve desaceleração, com aumento de 11,49% em julho, ante 12,07% em junho. 

Os dados são da pesquisa mensal do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). 

Na capital paulista, registrou-se estabilidade no ritmo de crescimento. Os preços desses imóveis subiram 0,49% em julho, ante 0,50% em junho. No acumulado de 12 meses, a variação é de 10,42%, uma desaceleração ante o aumento de 11,23% do mesmo acumulado até o final de junho. 

Além de São Paulo, registraram aumentos de preços em julho, em comparação a junho: Curitiba (1,16%), Rio de Janeiro (0,90%), Salvador (0,66%), Goiânia (0,64%), Brasília (0,61%), Belo Horizonte e Porto Alegre (0,47%), Fortaleza (0,31%) e Recife (0,17%). 

No acumulado de 12 meses até julho, além de São Paulo tiveram aumentos: Porto Alegre (13,17%), Curitiba (11,80%), Salvador (11,79%), Fortaleza (11,29%), Recife (11,28%), Rio de Janeiro (10,94%), Brasília (10,75%), Goiânia (10,73%) e Belo Horizonte (9,76%). Todas as capitais registraram desaceleração no ritmo de crescimento, exceto Rio de Janeiro, onde houve estabilidade. 

Belo Horizonte mostrou a maior desaceleração no acumulado de 12 meses, passando de 10,54% em junho para 9,76% em julho. Esse resultado colocou Belo Horizonte no ponto mais abaixo da média nacional, enquanto Porto Alegre, mesmo com a desaceleração nos resultados mensal e acumulado em 12 meses, permaneceu como o resultado mais elevado (13,17%) em relação à média nacional. 

Na avaliação da Abecip, apesar da desaceleração nos resultados nominais, as perspectivas para a evolução dos preços dos imóveis residenciais ainda são de ganhos em termos reais, uma vez que os índices de preços mantêm uma trajetória de desaceleração ainda mais intensa. 

Segundo a entidade, a evolução dos preços reais desses imóveis nos próximos meses ainda não tem tendência clara, na medida em que continua condicionada a outros fundamentos que impactam o mercado de trabalho e crédito, em particular a implementação das reformas estruturais no lado fiscal da economia. 

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