Projetos de lei aumentam possibilidades de saque do FGTS

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Projetos de lei aumentam possibilidades de saque do FGTS

Diversos projetos deverão continuar em tramitação no Senado em 2020 após o final do recesso parlamentar, ampliando as possibilidades de saque de recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). Se aprovados, diminuirão o volume de recursos do Fundo destinados ao financiamento da habitação de interesse social.

Entre os projetos, está o PLS 703/2015, de autoria do senador Romário (Podemos-RJ), que abre mais cinco possibilidades de saque do FGTS motivadas por questões de saúde: doença grave, incapacitante ou rara; doença que demande cuidados permanentes ou de alto custo; doença que necessite de tratamento multidisciplinar; doença ou condição que dispense carência para concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez; e, doença ou condição que motive isenção do imposto de renda.

A senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) apresentou o PL 1.232/2019, que permite ao trabalhador sacar o dinheiro de sua conta no FGTS para comprar órteses e próteses para dependentes com deficiência.

Já o senador Major Olimpio (PSL-SP) propôs o PL 2.390/2019, que permite o saque para pagamento de matrícula e mensalidades escolares em curso superior ou técnico profissionalizante, pelo trabalhador, por seu cônjuge ou pelos dependentes.

O PL 1.540/2019, do senador Styvenson Valentim (Podemos-RN), amplia as possibilidades de saque do FGTS para saúde e educação, seja para pagamento de curso de nível superior ou para cirurgias essenciais à saúde.

A senadora licenciada Rose de Freitas (Podemos-ES) apresentou seis projetos: o PL 5.518/2019, que permite ao trabalhador sacar o saldo de sua conta aos 60 anos; o PL 5.521/2019, que permite o uso do fundo para aquisição de imóvel na planta, nos termos de regulamento do Conselho Curador do FGTS; o PL 5.448/2019, permitindo o acesso dos servidores públicos comissionados (sem vínculo efetivo com a administração pública) ao FGTS; o PLS 524/2018, que permite a empresas que utilizam energia solar fotovoltaica serem financiadas com recursos do fundo; o PLS 392/2016, que permite o saque mesmo em casos de pedido de demissão por parte do trabalhador; e o PL 1.455/2019, para possibilitar aos trabalhadores que passarem um ano ininterrupto fora do regime do FGTS sacar o benefício a partir do mês de aniversário.

Correção pela inflação

O Projeto de Lei (PL) 3.254/2019, do senador Paulo Paim (PT-RS), prevê que os depósitos feitos nas contas vinculadas do FGTS serão corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). E o PLS 229/2018, do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), prevê a correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A proposta de Paim também altera a composição do Conselho Curador do FGTS, para que trabalhadores, empresários e governo tenham o mesmo número de representantes; determina incidência de juros de 3% ao ano sobre o valor atualizado do saldo do fundo e a imposição de sanções mais rigorosas ao empregador que não fizer os depósitos do FGTS no prazo legal; e também permite o saque da conta vinculada quando o trabalhador pedir demissão; quando fizer 60 anos; e após doze meses ininterruptos fora do regime do FGTS.

Outras propostas são o PL 685/2019, que permite ao trabalhadores sacar para abrir micro e pequenas empresas; o PL 2.967/2019, para possibilitar a aquisição o segundo imóvel, mesmo que já tenha sido feito movimentação anterior para a compra da casa própria; o PL 4.419/2019, que permite receber o FGTS junto com o salário e reduz a multa para demissão sem justa causa; e o PL 4.855/2019, que libera o saque para trabalhadores do campo comprarem moradia própria ou terras em área rural.

Com informações da Agência Senado

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