Workshop apresenta resultados de pesquisa de campo do Programa Mais Produtividade

Redação SindusCon-SP

Por Redação SindusCon-SP

Workshop apresenta resultados de pesquisa de campo do Programa Mais Produtividade

Workshop Mais ProdutividadeO SindusCon-SP, por meio do Comitê de Tecnologia e Qualidade (CTQ), e a Produtime, com a parceria da ArcelorMittal, Engemix e Supermix, e apoio da Caixa Econômica Federal e da Votorantim Cimentos, realizaram dia 4 de dezembro o Workshop Técnico Programa Mais Produtividade na Execução de Estruturas para apresentar os resultados gerais obtidos com a finalização dos três primeiros ciclos do programa e debater os mesmos com os diversos agentes da cadeia produtiva da construção.
Quase uma centena de profissionais, entre construtores, fornecedores e projetistas, estiveram presentes, propiciando uma ampla discussão de caminhos a serem buscados para a melhoria da eficiência na produção.
IMG_5123Na abertura, o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP e um dos coordenadores do programa, Jorge Batlouni, destacou a importância deste trabalho para o setor. “Com o apoio das construtoras que compõe o CTQ conseguimos mensurar os desafios de produtividade que as empresas enfrentam e quais os caminhos para sermos mais eficientes.”
Também participaram da abertura Luís Aduto Mazarin (ArcelorMittal), Ricardo Soares (Engemix) e José Giampietro Neto (Supermix).
O coordenador do programa, Ubiraci Espinelli Lemes de Souza, da Produtime, apresentou os resultados obtidos até o momento, com destaque para as grandes diferenças de Razão Unitária de Produção (RUP) encontradas nas 12 obras avaliadas. “As variações não são fruto do acaso e sim da maior ou menor presença de fatores influenciadores”, afirmou. Como ilustrado na figura 1, a RUP do serviço de armação varia com o diâmetro “médio” das armaduras.

Figura 1 – Produtividade variável na armação de vigas

 Figura 1 - Workshop
A tabela 1 registra os valores medianos da RUP para pilares, vigas e lajes, além do indicador global, tanto para as fôrmas quanto para as armaduras.

Tabela 1 – Valores medianos para fôrmas e armaduras em função da parte da estrutura estudada

Tabela 1 - workshop
Ao falar sobre o impacto do programa para as construtoras, a coordenadora de Suprimentos da Tarjab Incorporadora, Paula do Anjos Araujo​, disse que a RUP das fôrmas é prevista com base no desempenho anterior da empresa. “Com ela é prevista a equipe necessária, a qual é organizada em função das características individuais dos funcionários da empresa.”
IMG_5021
O superintendente de Construção da Construtora RYazbek, Cesar Kato, explicou que “a partir do programa a empresa está comparando a RUP alcançada numa determinada obra com a vigente no mercado para investigar as oportunidades de melhoria para uma próxima ocasião”. O gerente de Obras da Trisul, Robson Artélite dos Santos, comentou sobre a importância de se dedicar à discussão do projeto antes de a obra começar, “para mitigar perdas”.
 
Visão dos fornecedores: armação, concretagem e fôrmas
IMG_5144Ao falar sobre abordagens no relacionamento com as construtoras e o que pode ser feito para melhorar a eficiência na produção, o engenheiro de Aplicação da ArcelorMittal, Rodrigo Montezuma, apresentou as soluções em aço armado que podem ser adotadas para pilares e sapatas, além de mostrar como a apresentação em 3D pode ajudar no entendimento da armação a ser produzida.
O coordenador de Desenvolvimento Técnico de Mercado da Votorantim Cimentos, Renato Vitti de Souza, apresentou as melhorias de RUP que podem ser conseguidas com o uso do concreto autoadensável. Já o diretor de Operações da Supermix, Alessandro Veríssimo Souza, mostrou a possibilidade de se contratar o bombeamento para determinados períodos do dia, em lugar de ter seu preço atrelado ao do metro cúbico de concreto fornecido.
Por fim, o gestor da Associação Brasileira de Fôrmas, Escoramentos e Acesso (Abrasfe), Stylson Francisco Antunes, explicou o trabalho realizado pela associação para fortalecer as empresas do setor.
Estruturas e empreiteiros
IMG_5099O diretor da França & Associados Projetos Estruturais, Ricardo França, discutiu diferentes alternativas para a composição do projeto estrutural que podem levar a potenciais de produtividade diferentes.
O tema foi complementado pelo diretor da Rialtec, Paulo Saba, que comentou os critérios que um empreiteiro de estruturas deve ter para poder definir um preço justo a ser cobrado pelo serviço.
No debate final, coordenado por Batlouni, várias possibilidades de “ganha-ganha” entre os agentes da cadeia produtiva foram debatidas, sempre com o intuito de melhorar a produtividade na execução das estruturas de concreto armado.
“O conhecimento da produtividade vigente e das razões para sua variação mostrou-se um instrumento bastante poderoso para apoiar a tomada de decisões dos gestores de obras”, finalizou Batlouni.
Saiba mais:
SindusCon-SP e Produtime desenvolvem Programa Mais Produtividade
Programa Mais Produtividade apresenta resultados para o serviço de armação
Programa aprimora o entendimento da produtividade na execução de estruturas de concreto
Programa Mais Produtividade apresenta resultados para o serviço de concretagem
Textos: Ubiraci Espinelli Lemes de Souza e Felipe Morasco
Revisão: Enzo Bertolini
Fotos: Enzo Bertolini

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo