Vendas imobiliárias desaceleram em setembro na capital paulista 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Vendas imobiliárias desaceleram em setembro na capital paulista 

Um total de 5.147 unidades residenciais novas foi vendido na cidade de São Paulo em setembro, 18,9% a menos que as 6.350 comercializadas em agosto, mas 19,2% a mais que em setembro do ano passado.

Os números são da pesquisa mensal feita pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação). As vendas acumuladas de 32.735 unidades de janeiro a setembro deste ano superaram em 1,5% o acumulado de 32.244 unidades do mesmo período de 2019.

No acumulado de 12 meses até setembro, as 49.715 unidades comercializadas representaram um aumento de 12,7% em relação ao acumulado do mesmo período anterior, quando foram negociadas 44.106 unidades.

Lançamentos 

De acordo com a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), a cidade de São Paulo registrou, em setembro, o lançamento de 6.238 unidades residenciais, volume 22,4% inferior ao apurado em agosto (8.039 unidades) e 40,4% acima do total de setembro de 2019 (4.444 unidades).

No acumulado de 12 meses até setembro, os lançamentos na capital paulista somaram 56.646 unidades, 1,3% acima das 55.927 unidades lançadas no acumulado do mesmo período do ano anterior.

O total lançado foi recorde para um mês de setembro, e o segundo melhor resultado deste ano, ficando atrás somente de agosto, que registrou números excepcionais.

Desempenho das vendas 

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, comenta que as 5.147 unidades comercializadas representaram a maior quantidade de vendas da série histórica para o mês de setembro. Porém, mesmo com esse resultado positivo, houve redução de 18,9% em relação a agosto. “Essa queda está relacionada à redução de lançamentos”, diz.

Do total negociado no mês, 64% das unidades estavam na chamada fase de lançamento. “O melhor resultado de vendas foi percebido nos empreendimentos lançados nos últimos seis meses. Esse fato demonstra a aderência ao produto colocado à venda mais recentemente”, destaca Petrucci.

Os imóveis econômicos participaram com 42% das vendas do mês, em termos de unidades. No entanto, em VGV (Valor Global de Vendas), a participação foi de 14,4%.

Previsão otimista 

De acordo com o Departamento de Economia do Secovi-SP, diante do comportamento do mercado imobiliário da Capital, a previsão é encerrar o ano com 40 mil a 45 mil unidades lançadas e com um número próximo às unidades vendidas em 2019. “Mesmo em meio a uma pandemia histórica, que influenciou a economia e o comportamento da humanidade, os números de 2020 nos deixam atrás somente dos resultados de 2019, ano em que foram lançadas 65 mil unidades e comercializadas 49 mil unidades”, ressalta Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.

Segundo ele, são positivas as perspectivas para o mercado na cidade de São Paulo, já que está prevista para 2021 a revisão do Plano Diretor Estratégico, abrindo a possibilidade de promover os necessários ajustes na legislação atual, o que permitirá aos empreendedores atuarem com mais flexibilidade, e atender um número maior de cidadãos.

“O Secovi-SP e cinco entidades elaboraram uma série de propostas, que foram enviadas aos candidatos à Prefeitura. A expectativa é que o prefeito eleito incorpore nossas sugestões ao plano de governo e que, assim, possamos contribuir para estimular o bom desenvolvimento urbano”, conclui Jafet.

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