Vendas de imóveis crescem e lançamentos caem em fevereiro na capital paulista 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Vendas de imóveis crescem e lançamentos caem em fevereiro na capital paulista 

Um total de 5.009 unidades residenciais novas foi comercializado em fevereiro, na cidade de São Paulo, de acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário realizada pelo Secovi-SP. Recorde para o mês desde o início da série histórica da enquete, o resultado foi 49% superior às vendas de janeiro (3.362 unidades) e 19,6% acima das 4.189 unidades comercializadas em fevereiro de 2020.

Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, atribuiu o bom desempenho ao cancelamento do Carnaval, o que motivou mais famílias a visitarem os estantes que ainda estavam abertos. “Outro fator é a alta concentração de lançamentos no final de 2020, aumentando a quantidade de produtos disponíveis para os consumidores”, afirmou.

No acumulado de 12 meses até fevereiro, as 52.886 unidades comercializadas representaram um aumento de 1,1% em relação ao mesmo período anterior, quando foram negociadas 52.328 unidades. “Apesar de um crescimento modesto, trata-se de recorde de vendas acumuladas em 12 meses”, destacou Petrucci.

Em fevereiro, foram lançadas na capital paulista 1.680 unidades residenciais, 6,4% a menos que em janeiro (1.794 unidades) e 23,1% abaixo do total de fevereiro de 2020 (2.184 unidades). No acumulado de 12 meses até fevereiro de 2021, os lançamentos somaram 61.115 unidades, 8,1% abaixo das 66.493 unidades lançadas no mesmo período anterior.

Ao divulgar os resultados, Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP, manifestou preocupação com a contínua elevação dos preços dos insumos da construção. “Temos apoiado as entidades parceiras (referindo-se a SindusCon-SP, CBIC e Abrainc) nos pleitos junto ao Ministério da Economia, a fim de desonerar os tributos federais sobre o cimento e aço. O impacto maior será percebido na produção de imóveis econômicos, cuja representação no volume de vendas é das mais representativas”, ressaltou.

VGV e VSO 

O VGV (Valor Global de Vendas) de fevereiro atingiu R$ 1,9 bilhão, 26,3% acima do registrado em janeiro (R$ 1,5 bilhão), mas 14,5% inferior ao volume de fevereiro de 2020 (R$ 2,2 bilhões), em valores atualizados pelo INCC-DI de fevereiro de 2021.

O VSO (Vendas Sobre Oferta), que apura a porcentagem de vendas em relação ao total de unidades ofertadas, atingiu 10,5% em fevereiro, ficando acima do resultado de janeiro (6,9%) e abaixo daquele de fevereiro de 2020 (10,7%).

O VSO de 12 meses até fevereiro foi de 55%, acima dos 52,9% do período anterior e 7,8% abaixo do acumulado de março de 2019 a fevereiro de 2020 (59,6%).

Oferta 

A capital paulista encerrou o mês de fevereiro de 2021 com a oferta de 42.561 unidades disponíveis para venda. A quantidade ficou 6,6% abaixo da registrada em janeiro (45.592 unidades) e 22,1% acima do volume de fevereiro de 2020 (34.846 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses até fevereiro.

Ampliando o período analisado para 48 meses, a oferta de imóveis não vendidos sobe para 43.767 unidades, volume 2,8% superior à oferta de 36 meses.

Em fevereiro, o VGO (Valor Global da Oferta) totalizou R$ 20,6 bilhões, resultado 3,6% inferior ao de janeiro (R$ 21,4 bilhões) e 3,4% acima daquele de fevereiro de 2020 (R$ 20 bilhões), em valores atualizados pelo INCC-DI.

Dormitórios e metragem 

Os imóveis de 2 dormitórios destacaram-se em fevereiro em todos os indicadores: vendas (2.984 unidades), oferta (23.863 unidades), lançamentos (815 unidades), maior VGV (R$ 769,7 milhões), maior VGO (R$ 7,0 bilhões) e maior VSO (11,1%), resultado das 2.984 unidades comercializadas em relação aos 26.847 imóveis ofertados.

Imóveis na faixa de 30 m² e 45 m² de área útil lideraram em todos os indicadores: vendas (3.263 unidades), oferta (21.924 unidades), VGV (R$ 700,1 milhões), VGO (R$ 5,0 bilhões), lançamentos(866 unidades) e maior VSO (13,0%).

Por faixa de preço, os imóveis com valor de até R$ 240 mil lideraram com os melhores indicadores de vendas (3.130 unidades), de oferta final (21.304 unidades), lançamentos (1.100 unidades), maior VGV (R$ 590,7 milhões) e maior VSO (12,8%). O maior VGO (R$ 6,9 bilhões) foi registrado nos imóveis com preços acima de R$ 1,5 milhão.

A análise por zonas da cidade demonstra que, em fevereiro, a região Sul liderou em todos os indicadores: vendas (2.374 unidades), lançamentos (1.456 unidades), VGV (R$ 1,0 bilhão), maior VGO (R$ 8,2 bilhões), maior quantidade de imóveis em oferta (16.667 unidades) e maior VSO (12,5%).

Casa Verde e Amarela 

Em fevereiro deste ano, 3.071 unidades vendidas e 1.100 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas, dentro dos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela. A oferta desse tipo de imóvel totalizou 22.324 unidades disponíveis para venda, com VSO de 12,1%.

No segmento de mercado de médio e alto padrão, a pesquisa identificou 1.938 unidades vendidas, 580 unidades lançadas, oferta final de 20.237 unidades e VSO de 8,7%.

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