SindusCon-SP reafirma confiança no Sigor à presidente da Cetesb
Manifestação foi feita em reunião que analisou o desempenho do sistema em 2021
Representantes do Sinduscon-SP reuniram-se com a diretora-presidente da Cetesb, Patrícia Iglecias, em 10 de fevereiro, na sede daquela companhia, para fazer um balanço do desempenho do Sigor (Sistema Estadual de Gerenciamento Online de Resíduos) Módulo Construção Civil, em 2021.
Pelo SindusCon-SP, participaram Odair Senra, presidente; Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, vice-presidente e coordenador do Comasp (Comitê de Meio Ambiente); Fabio Villas Bôas, membro do Comasp e presidente da Câmara Ambiental da Construção Civil da Cetesb; e Lilian Sarrouf, coordenadora técnica do Comasp.
Além de Patrícia, pela Cetesb participaram do encontro o assistente-executivo da Presidência e coordenador do Sigor, João Luiz Potenza, e a gerente da Divisão de Logística Reversa e Gestão de Resíduos Sólidos, Lia Helena Demange.
“Reafirmamos nossa confiança no Sigor Construção Civil e nossa disposição em apoiar e unir forças com a Cetesb, para motivar o setor a assumir cada vez mais compromissos que visem a efetiva adesão aos conceitos da Sustentabilidade”, manifestaram os representantes do SindusCon-SP.
Potenza relatou que a página da internet do Sigor Construção Civil foi acessada mais de 130 mil vezes no ano passado. Apesar da pandemia, o sistema está implantado em 11 municípios, com mais de 5.300 usuários e com 21.175 CTRs (Controles de Transporte de Resíduos) emitidos, sendo que São José do Rio Preto continua sendo o município que mais utiliza o sistema.
De acordo com o coordenador do Sigor, apesar dos dados exitosos, há municípios que estão com o sistema implantado, mas não o estão operando. “Só conseguimos rastrear os resíduos quando se emitem CTRs, isto é, o transportador retira os resíduos e leva para destinos licenciados pela Cetesb, ou pelas prefeituras, que são obrigadas a dar baixa nestas CTRs, confirmando assim o tipo e a quantidade de resíduos destinados pelo gerador.” Nesse sentido, ele pediu a colaboração do Sinduscon-SP, para que a entidade, que mantém convênio com a agência ambiental paulista, estimule os seus associados, nestes municípios, a operarem o sistema.
Patrícia Iglecias lembrou que a Cetesb vem superando metas de atendimento para os pedidos de licenciamento ambiental, com mais de 60 mil solicitações atendidas em 2021, números inéditos considerando os 53 anos de existência da companhia.
A dirigente também convidou o SindusCon-SP a aderir ao Acordo Ambiental São Paulo, que conta com iniciativas voluntárias de vários setores empresariais e mesmo prefeituras do Estado de São Paulo visando a redução da emissão dos gases de efeito estufa. Segundo ela, hoje o Acordo conta com 1.351 aderentes, tendo começado em 2019, com 55. Atualmente, são participantes da iniciativa representantes de diferentes esferas de empreendimentos, tanto do Estado de São Paulo como de outras regiões, incluindo as prefeituras e observadores internacionais.
Pelo celular
Potenza também mencionou o contrato fechado com a Green Platforms, para reescrever o sistema Sigor Construção Civil e desenvolver o aplicativo para celular, o que deve ocorrer em maio. Segundo ele, o contrato de suporte técnico com a empresa é de 10 anos. Uma proposta, segundo ele, é envolver e disponibilizar o aplicativo para as pessoas físicas. “Setenta por cento são pequenos geradores. Queremos saber para onde estão indo os materiais descartados das obras de reformas, por exemplo”, disse.
Fruto de convênio entre o SindusCon-SP e o governo estadual por meio da Secretaria do Meio Ambiente e da Cetesb, o Sigor é uma ferramenta que auxilia no monitoramento da gestão dos resíduos sólidos, desde sua geração até sua destinação final, incluindo o transporte e destinações intermediárias. Também permite o gerenciamento das informações referentes aos fluxos de resíduos sólidos no Estado de São Paulo. Foi instituído pelo Decreto Estadual 60.520/2014.
O Módulo Construção Civil tem por objetivo gerenciar essas informações relativas aos resíduos do setor no Estado. Sua correta utilização assegura que os resíduos gerados sejam transportados por empresas cadastradas/legalizadas e destinados a locais devidamente licenciados/legalizados, permitindo, assim, que os resíduos tenham destinações ambientalmente adequadas.
A técnica Laura Lima Silveira, da Cetesb, dá treinamento para os técnicos das prefeituras que ingressarem do Sigor, e oferece suporte para a geradores, transportadores e responsáveis por áreas de destino que tenham dificuldades em operar o sistema.
Com informações da Cetesb
