SindusCon-SP aponta fatores de sucesso em gestão de SST

Rafael Marko

Por Rafael Marko

SindusCon-SP aponta fatores de sucesso em gestão de SST

 Vice-presidente Haruo Ishikawa destacou no Enic a importância de uma cultura prevencionista 

Cumprir as Normas Regulamentadoras (NRs) de Saúde e Segurança do Trabalho (SST); implementar um gerenciamento de riscos eficaz; tornar a SST parte integrante da gestão da empresa, estando presente desde a concepção do projeto até a entrega da obra, e gerenciar os riscos ocupacionais dos terceirizados são fatores determinantes para que a construtora tenha sucesso em prevenir acidentes nas obras. 

Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP

Esta foi a mensagem transmitida por Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho do SindusCon-SP, ao participar do painel “As novas NRs e a gestão de SST na construção”, no Enic (Encontro Nacional da Indústria da Construção), realizado pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), em 20 de junho. 

Ishikawa, que também é membro do Conselho Deliberativo do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), historiou o processo de revisão das NRs nos últimos três anos, que contou com a participação dele liderando a bancada empresarial. 

Desafio atual 

Segundo o vice-presidente, o maior desafio agora é implementar as NRs com as seguintes diretrizes: valorização da SST pela alta direção da construtora, aportando apoio e recursos para sua gestão; responsabilização de todos os líderes da obra pela SST; envolver os trabalhadores nesta gestão, sabendo ouvi-los; incentivar e premiar aqueles que fazem o correto e não só punir quem erra na SST; implementar o direito de recusa quando o trabalhador identificar situação de grave e iminente risco, e dar autoridade aos profissionais de SST para cumprirem suas tarefas. 

Ishikawa destacou a importância da adoção de uma cultura prevencionista que influencie positivamente os trabalhadores em relação à SST e à qualidade de vida nos seus ambientes de trabalho, melhorando também a produtividade. Segundo ele, a criação dessa cultura depende de os profissionais acreditarem que a prevenção é uma excelente maneira para melhorar indicadores de SST e o ambiente de trabalho, reduzindo absenteísmo e prejuízos à empresa. 

Saúde ocupacional 

O painel ainda contou com a participação gerente executiva de Saúde do Sesi-DN, Katyana Aragão Menescal. Segundo ela, há necessidade de os profissionais de saúde ocupacional começarem a entender um pouco de gestão de riscos, para compreender de onde vêm as informações que eles utilizam para fazer a gestão de saúde dos trabalhadores”.  

Já o presidente da Comissão de Política de Relações Trabalhistas da CBIC, Fernando Guedes, defendeu a criação de mecanismos para garantir a melhor aplicação das regras e trabalhar no incentivo das normas de SST, não apenas na punição. Segundo ele, é preciso sempre pregar que SST é proatividade, é estratégica. 

De seu lado, o subsecretário de Inspeção do Trabalho substituto no Ministério do Trabalho e Previdência, Guilherme Candemil, atribuiu à informalidade uma grande parte dos acidentes de trabalho. Ele defendeu a realização de campanhas de orientação que atinjam todo o público da construção, desde sindicatos à sociedade e aos trabalhadores. 

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