Secovi-SP prevê estabilidade em volumes de lançamentos e de vendas

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Secovi-SP prevê estabilidade em volumes de lançamentos e de vendas

O mercado imobiliário no município de São Paulo deverá manter em 2019 os mesmos volumes de lançamentos e vendas, porém com um crescimento em valores do VGV (Valor Global de Vendas) em torno de 10%.

A previsão foi anunciada pelo presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Basilio Jafet, e pelo economista-chefe daquela entidade, Celso Petrucci, em entrevista à imprensa em 20 de fevereiro.

O Secovi-SP trabalha com o cenário de avanço na agenda macroeconômica do governo, com a tramitação da reforma da Previdência, o reequilíbrio das contas públicas, a desburocratização nos licenciamentos e a geração de emprego.

Mesmo assim, a entidade relacionou fatores que, a seu ver, dificultam uma previsão sobre a expansão do mercado imobiliário em São Paulo: redução de recursos do FGTS para novos financiamentos à produção e à aquisição de imóveis; dificuldade em viabilizar novos projetos habitacionais em razão dos altos preços dos terrenos; e falta de calibragem na Lei de Zoneamento, que dificulta a viabilização de determinados projetos.

Lançamentos em 2018

Os lançamentos na cidade de São Paulo totalizaram 32.762 mil unidades residenciais em 2018, volume 4% superior às 31,4 mil unidades lançadas em 2017, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio) divulgados pelo Secovi-SP. O resultado manteve o ritmo de recuperação iniciado nos últimos meses de 2018 e superou a média histórica de 30 mil unidades por ano na capital paulista.

Essa quantidade superou os lançamentos de 2015, 2016 e 2017. O crescimento moderado de 4,4% em relação a 2017 já era esperado, pois os lançamentos haviam apresentado bom desempenho em 2016.

Tradicionalmente, há um aumento no volume de lançamentos no fim do ano, período em que as incorporadoras concentram os esforços de comercialização a fim de cumprir suas metas. Os dois últimos meses de 2018 representaram 42% do total lançado durante todo o ano.

Nos lançamentos de 2018, 65% das unidades foram de 2 dormitórios, 62% possuíam área útil menor do que 45 m² e 51% tinham preço total de até R$ 240 mil. As características que predominaram foram, principalmente, de imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida.

Vendas

Em 2018, a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP (PMI) registrou 29.929 unidades residenciais novas comercializadas na cidade de São Paulo. O número é 26,7,% superior às 23,6 mil unidades vendidas em 2017 e acima da média histórica de 27,6 mil em vendas anuais.

Com isso, o resultado de vendas em 2018 foi superior aos volumes de comercialização de 2014 a 2017, os anos da crise econômica. Dessa forma, avalia o Secovi-SP, 2018 representou a consolidação do crescimento do mercado.

Em volume de vendas, novembro e dezembro corresponderam a 30% do total de unidades comercializadas em 12 meses.

O comportamento de vendas de imóveis econômicos registrado no ano passado foi mantido, em relação ao ano anterior. Do total comercializado, 63% foram unidades de 2 dormitórios, 60% tinham menos de 45 m² de área útil e 47% preço de até R$ 240 mil.

Os imóveis econômicos enquadrados no programa Minha Casa, Minha Vida destacaram-se durante todo o ano. Em vendas, participaram com 37% do total anual comercializado, e nos lançamentos, esses produtos corresponderam a 44% do total lançado, comprovando a importância do MCMV para a retomada do mercado.

Oferta

A cidade de São Paulo terminou 2018 com 22,3 mil unidades residenciais novas em oferta. A oferta final é calculada considerando a soma de imóveis ofertados no mês anterior com as unidades lançadas e a subtração das vendas líquidas (vendas menos distratos).

Região Metropolitana

Em 2018, as cidades da Região Metropolitana de São Paulo (exceção da Capital) lançaram 7,6 mil unidades, representando uma queda de 42,4% em relação aos lançamentos de 2017, que ficaram em 13,1 mil unidades. Em termos de comercialização, foram escoadas 9 mil unidades, com variação positiva de 15% frente às 7,8 mil unidades vendidas em 2017.

Com informações do Secovi-SP

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