Satisfação com faturamento cresce na indústria de materiais
Dados do Termômetro da Indústria de Materiais de Construção, divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), mostram que 37% das 40 empresas associadas de grande porte apontaram os resultados muito bom ou bom sobre o faturamento, uma alta de 4 pontos percentuais frente a maio (33%). Em junho, 37% haviam declarado que os resultados foram regulares, enquanto 26% responderam ruim ou muito ruim. Já em maio, tais resultados foram, respectivamente, 29% e 37%.
O otimismo em relação ao governo mostrou reação em junho, após apresentar quedas acentuadas. No início de 2019, os empresários das indústrias de materiais de construção mostraram alta expectativa com a nova administração federal, com o índice de empresas que demonstraram otimismo chegando a 56%. Tal índice caiu ao longo do ano, atingindo apenas 8% em maio. Em junho, atingiu 19%. Nesse mesmo mês, 59% demonstraram indiferença e outros 22% relataram pessimismo.
De acordo com o presidente da Abramat, Rodrigo Navarro, “o levantamento revela um leve grau de otimismo. Ao mesmo tempo sabemos que o caminho é acidentado e, mesmo se tudo der certo, não teremos um grande crescimento. É um otimismo consciente.”
Entre os avanços citados por ele está a melhora da interlocução com o governo federal, após a criação da mesa executiva da construção civil, com discussões sobre pleitos do setor. Ele considera que, além das grandes reformas, como a da Previdência, a governo também deve avançar com outros projetos, como o de incremento do saneamento básico.
Navarro considerou positivo o acordo entre Mercosul e União Europeia. Segundo ele, pode haver o incremento de exportações para segmentos que já atuam fortemente no comércio com outros países, como o de cerâmica. Também deve ocorrer incremento nas importações. “E podem existir ameaças localizadas, que devem ser detectadas pelas empresas”, observou.
Investimentos
Conforme a Abramat, a melhora da avaliação do otimismo impactou nas pretensões de investimentos. Em maio, 63% dos empresários relataram pretensão de investir nos próximos 12 meses, índice que aumentou para 70% em junho. O índice de utilização da capacidade instalada se manteve em 69% na passagem de maio para junho.
Quanto às expectativas para o mês de julho, 37% dos entrevistados esperam um desempenho muito bom ou bom; 41% têm expectativa de um mês regular e 22% esperam um período ruim. Em maio, na expectativa para junho, 33% aguardavam resultados bons ou muito bons; 54% acreditavam em resultados regulares, enquanto 13% achavam que os números seriam ruins.
Faturamento em maio
Pesquisa feita Abramat pela mostra que o faturamento em maio registrou queda de 1%, em relação a abril. Entretanto, houve alta de 11,5%, na comparação com maio do ano passado, mês em que se registrou a greve de caminhoneiros.
O faturamento acumulado dos cinco primeiros meses de 2019, comparado ao mesmo período do ano passado, registrou crescimento de 2,4%. No acumulado de 12 meses, a elevação é de 1,8%.
O nível de emprego do setor em maio manteve-se estável em relação a abril e registra elevação de 0,6% em relação a maio de 2018. No acumulado de 2019, o crescimento também é de 0,6%, e nos últimos 12 meses encerrados em maio, de 1,6%.
os dados sinalizam uma possível demonstração de retomada no ritmo da economia. “Em linha com os dados de crescimento do emprego formal e de arrecadação tributária, o setor observa resultados melhores no segundo trimestre desse ano.”
Com a baixa demanda por obras públicas de habitação e infraestrutura, a entidade atribui os resultados positivos da evolução do faturamento em 2019 às vendas ao varejo, impulsionadas por pequenas reformas residenciais e comerciais.
Com informações da Abramat
