Russomanno defende balcão único para aprovação de projetos

Daniela Barbará

Por Daniela Barbará

Russomanno defende balcão único para aprovação de projetos
Russomanno e Lores durante sabatina

Celso Russomanno defende a criação de um balcão unificado com um conselho que reúna todos os atores responsáveis por cada setor e um regramento: 30 dias para o alvará, 30 dias para a permissão, 30 dias para qualquer necessidade que o cidadão tenha. Se o poder público não for presente na vida desse empresário, ele começa o serviço dele, começa a obra dele depois a prefeitura fiscaliza. “Se não tiver adequado ele vai ter que se adequar. Mas a gente não pode segurar a cidade”. Para promover a inclusão social Russomanno defende o auxílio paulistano como complementação do auxílio emergencial.

A série de encontros com os candidatos realizada por SindusCon-SP, Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), Asbea (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura), IE (Instituto de Engenharia) e Secovi-SP (Sindicato da Habitação), com mediação do jornalista Raul Juste Lores, diretor da revista Veja São Paulo e comentarista da rádio CBN, conversou com o representante do partido Republicanos, Celso Russomanno no dia 3 de novembro.

Para Russomanno, a construção civil é um setor muito importante do ponto de vista de geração de emprego no período pós-pandemia, ao lado do turismo. O candidato estima uma ampla campanha publicitária para que São Paulo volte a recepcionar aos finais de semana os turistas, que podem aproveitar os benefícios da cidade, como gastronomia, teatros, casa noturnas e shoppings centers, além dos hotéis.

De acordo com o candidato, São Paulo precisa que o transporte seja mais rápido e com um sistema semafórico inteligente e atualizado, mais terminais de ônibus, mais corredores e faixas exclusivas. “Nós temos capacidade pra mudar isso rapidamente com as arrecadações das multas e do IPVA”.

Em relação ao ISS, Russomanno estimula uma ampla revisão do imposto que fez com que muitas empresas migrassem para o entorno, em especial as de prestação de serviços como callcenters. “As empresas foram embora de São Paulo, apesar de termos toda a estrutura por conta do ISS que é muito alto. Então, precisamos baixá-lo para melhorar a prestação de serviço, gerar empregos aqui e trazer de volta as empresas que daqui saíram”, afirma.

Se eleito, o candidato irá abrir as escolas municipais nos finais de semana para que os jovens tenham o lazer e possam aprender nos computadores inglês e português. “Nós temos uma deficiência muito grande nas escolas públicas e no primeiro emprego o jovem é chamado pra sentar à frente de um computador e mostrar a sua destreza no teclado e seu texto em português e ele não consegue. Vamos dar a periferia o que o jovem precisa: a oportunidade”.

São Paulo possui cerca de 700 prédios que precisam de Retrofit para se tornarem moradias, a fim de que possa revitalizar o centro. “O que é o sonho de todos que entram na administração pública, mas que não conseguem fazer”, de acordo com o candidato, que defende uma Lei de Retrofit específica. “Precisamos de uma legislação menos impositiva no Plano Diretor”.

Adensamento

Sobre o adensamento, Russomanno ressaltou que a cidade precisa de um Plano Diretor que seja pensado para os próximos 20 anos com critérios, diferentemente do atual que criou um adensamento espalhando pela cidade, inclusive nas áreas de preservação sem condição nenhuma de moradia. Segundo ele, São Paulo não é uma cidade em que a se decide de cima, mas que precisa da sociedade colaborando, principalmente da sociedade organizada e o setor produtivo, como a indústria da construção. “Se tivessem ouvido os legisladores, governantes e a indústria teríamos feito um adensamento criterioso na cidade de São Paulo e não teríamos uma cidade espalhada totalmente desorganizada”.

Caso eleito, o candidato buscará a descentralização e a transformação de bairros periféricos em áreas comerciais levando economia para essas regiões e diminuindo a mobilidade urbana entre os centros e as periferias. O centro da cidade, o chamado centro expandido, possui toda a estrutura necessária: água, energia elétrica, cabo de fibra ótica, telefonia, iluminação, infraestrutura, delegacias de polícia, guarda civil metropolitana. “Por isso, é preciso fazer esse adensamento com critérios, como Nova York, que é mais adensada do que São Paulo, assim como Paris e Tóquio; e nem por isso a qualidade de vida é pior. Muito pelo contrário a qualidade de vida é muito boa. Agora foram feitos adensamentos com critério”.

Russomanno defende que o governo ouça os habitantes da periferia para depois discutir como será feito o adensamento na cidade do ponto de vista de segurança, educação, saúde, e etc.

Sabatinas

Todos os candidatos sabatinados receberam trabalho com contribuições para o bom desenvolvimento urbano da cidade de São Paulo e sugestões para reativar e fomentar a oferta de moradias. Confira o conteúdo das propostas desenvolvido pelo Secovi-SP, Abrainc, Abrasce, AsBEA, IE e SindusCon-SP, com apoio de Abemi (Associação Brasileira de Engenharia Industrial), Abifer (Associação Brasileira da Indústria Ferroviária), Abrasip (Associação Brasileira de Engenharia de Sistemas Prediais), Abrinstal (Associação Brasileira pela Conformidade e Eficiência de Instalações), ADIT Brasil (Associação para o Desenvolvimento Imobiliário e Turístico do Brasil), ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil), Aelo (Associação das Empresas de Loteamento e Desenvolvimento), Apeop (Associação para o Progresso de Empresas de Obras de Infraestrutura Social e Logística), Brasinfa (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações de Classe de Infraestrutura), Fiabci-Brasil (Federação Imobiliária Internacional), Sinaenco (Sindicato Nacional das Empresas de Arquitetura e Engenharia Consultiva), SindInstalação (Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Estado de São Paulo), Sinicesp (Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo), Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração).

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