Emprego na construção volta a cair em novembro

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Emprego na construção volta a cair em novembro

O nível de emprego na indústria brasileira da construção caiu 1,02% em novembro, na comparação com outubro (-24.958 vagas). Em 12 meses, o saldo negativo é de 159 mil postos de trabalho, deixando o estoque de trabalhadores no setor em 2,431 milhões.
Ao se desconsiderar os efeitos sazonais*, o emprego registrou aumento de 0,08% em novembro, na comparação com o mês anterior (+1.858).
Os dados são da pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE).
A queda do nível de emprego na construção em novembro costuma ocorrer sazonalmente, comenta o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto. “Os dois últimos meses do ano caracterizam-se por finalização de obras, quando o ritmo de atividade do setor diminui. A perspectiva é de persistência deste ritmo nos próximos meses, devido ao baixo volume de contratos”, afirma.
Segmentação
Em novembro, na comparação com outubro, o nível de emprego na construção registrou alta apenas no segmento de Obras de Instalação (0,44%). As quedas mais acentuadas ocorreram em Infraestrutura (-1,90%), Preparação de Terreno (-1,63%) e Imobiliário (-1,34%).
Em 12 meses, todos os segmentos apresentam queda, sendo as maiores baixas em Imobiliário (-9,27%), Obras de acabamento (-8,23%) e Incorporação de Imóveis (-5,89%).
Por regiões
Todas as cinco regiões do Brasil registraram quedas no nível de emprego da construção: Norte (-070%), Nordeste (-0,51%), Sudeste (-1,09%) Sul (-0,95%) e Centro-Oeste (-2,15%).
No Sudeste, as quedas se registraram em São Paulo (-1,05%), Minas Gerais (1,54%) e Rio de Janeiro (-0,93%). Já o Espírito Santo teve elevação (0,15%).
Na região Norte, houve quedas em Rondônia (-2,74%), Acre (-3,35%), Amazonas (-1,29%), Amapá (-4,29%) e Tocantins (-1,13%). Registraram altas Roraima (2,07%) e Pará (0,30%).
No Nordeste, houve queda em todos os Estados: Maranhão (-0,05%), Piauí (-1,06%), Ceará (-0,44%), Rio Grande do Norte (-1,10%), Paraíba (-0,94%), Pernambuco (-0,10%), Alagoas (-1,59%), Sergipe (-1,24%) e Bahia (-0,27%).
No Centro-Oeste, idem: Mato Grosso do Sul (-1,29%), Mato Grosso (-4,02%), Goiás (-2,24%) e Distrito Federal (-1,08%).
Na região Sul, também: Paraná (-1,26%), Rio Grande do Sul (-0,63%) e Santa Catarina (-0,91%).
tabela1-brasil
Estado de São Paulo
Em novembro, houve queda de 0,46% no emprego em relação ao mês anterior. O número de trabalhadores formais caiu de 668,2 mil em outubro para 661,2 mil em novembro (-6.994). Em 12 meses são menos 50.377 trabalhadores no setor (-7,08%). Desconsiderando a sazonalidade**, houve redução de 0,18% (-1.203 vagas).
Na comparação de novembro em relação a outubro, as maiores quedas foram em Imobiliário (-2,03%), Outros Serviços (1,77%) e Preparação de Terreno (-1,43%).
Na capital, que responde por 43,12% do total de empregos no setor, a queda em novembro em relação ao mês anterior foi de 1,02% (-2.933 vagas). Em 12 meses, São Paulo registra retração de 8,69% (-25.217 vagas).
Todas as Regionais do SindusCon-SP registraram quedas. As maiores foram em São José do Rio Preto (-2,53%), São José dos Campos (-1,60%) e Campinas (-1,28%).
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*A dessazonalização é um tratamento estatístico que tem como objetivo retirar efeitos que tipicamente acontecem em um mesmo período do ano
 

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