Recursos do crédito imobiliário seguem em elevação

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Recursos do crédito imobiliário seguem em elevação

Mas o número de unidades financiadas sofre ligeira queda em novembro 

Os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 17,5 bilhões em novembro de 2021, montante 2,3% superior ao de outubro (R$ 17,2 bilhões) e 26,8% maior que o de novembro de 2020. 

Os dados são da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O volume acumulado de janeiro a novembro de 2021 atingiu R$ 189,40 bilhões, alta de 77,8% em relação a igual período do ano passado. 

Nos 12 meses compreendidos entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o montante financiado somou R$ 206,86 bilhões, alta de 79,6% em relação aos 12 meses anteriores. 

Unidades financiadas 

Em novembro de 2021, com recursos das Cadernetas de Poupança foram financiados, nas modalidades de aquisição e construção, 69,9 mil imóveis, resultado 1,7% menor que o de outubro, mas superior em 51,1% se comparado ao de novembro de 2020. 

No ano, entre janeiro e novembro de 2021, foram financiados 804,3 mil imóveis, resultado 116,9% superior ao de igual período do ano passado. 

Entre dezembro de 2020 e novembro de 2021, o número de unidades financiadas com recursos da poupança foi de 860,19 mil, resultado 113,7% superior ao dos 12 meses anteriores (402,52 mil imóveis). 

Poupança em queda 

O Banco Central informou que o saldo das Cadernetas de Poupança ficou negativo em R$ 35,5 bilhões em 2021. Ao final do ano, o volume total depositado somava R$ 1,031 trilhão. 

De acordo com a Abecip, em novembro, a captação líquida da poupança voltou a ficar negativa (-R$ 9,25 bilhões). Na série histórica iniciada em 1994, os meses de novembro mostram mais resultados positivos (71%) do que negativos (29%).  

Segundo a Abecip, em 2021, a captação negativa pode ter sido influenciada pelas condições macroeconômicas adversas, com desemprego persistentemente elevado, inflação e juros em alta. Esses fatores, conjugados à queda real da renda das famílias, pode ter levado os poupadores a utilizar parte de suas reservas para completar o orçamento doméstico. 

Com isso, a captação líquida registrada entre janeiro e novembro de 2021 foi negativa (-R$ 40,9 bilhões).

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