Preços dos imóveis residenciais sobem 1,22% em abril, segundo a Abecip
Por Rafael Marko
Os preços dos imóveis residenciais novos pesquisados em dez capitais subiram em média 1,22% em abril, depois de aumentarem 0,78% em março. No acumulado de 12 meses até abril, a elevação é de 7,86%, mantendo a desaceleração do ritmo de alta pelo sétimo mês consecutivo.
Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Na cidade de São Paulo, o aumento foi de 1,96% em abril, ante 1,08% em março, acumulando 13,24% em 12 meses – também uma desaceleração, pelo sétimo mês consecutivo.
Em abril, também registraram aumentos expressivos de preços: Brasília (+1,39%), Rio de Janeiro (+1,16%), Curitiba (+092%) e Porto Alegre (+0,87%).
No acumulado de 12 meses, os maiores aumentos depois de São Paulo ocorreram em Brasília (+9,33%), Curitiba (+7.08%), Porto Alegre (+6,11%) e Salvador (+4,90%).
De acordo com o levantamento, a tendência de recomposição dos valores reais dos imóveis residenciais vem sendo reduzida, tanto pela aceleração do IPCA quanto pela desaceleração do IGMI-R.
Na avaliação da Abecip, essa redução é consistente com a piora da percepção dos empresários, em relação aos quesitos Demanda Prevista, Evolução Recente da Atividade e Situação Atual dos Negócios, contidos na Sondagem da Construção do FGV/Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).
De acordo com a entidade, contribuem para este cenário o recrudescimento da pandemia a partir do final de 2020, com seus efeitos sobre o nível de atividade e mercado de trabalho, e a nova orientação da política monetária visando conter a aceleração da inflação.
Para a Abecip, uma eventual reversão da desaceleração da elevação dos preços dos imóveis residenciais, a partir do segundo semestre, tem como condicionante fundamental o avanço do programa de imunização.