Preços dos imóveis residenciais sobem 1,05% em março 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Preços dos imóveis residenciais sobem 1,05% em março 

Alta no mês na cidade de São Paulo foi de 1,06%, acumulando 20,74% em 12 meses 

Os preços dos imóveis residenciais novos pesquisados em dez capitais do país subiram em média 1,05% em março, acima do aumento de 0,82% registrado em fevereiro. Com isso, a alta acumulada em 12 meses até março foi de 17,43%, acima dos 17,11% do acumulado até fevereiro). 

Os dados são do IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial), calculado pela Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). De acordo com a entidade, a aceleração nos aumentos acumulada em 12 meses vem perdendo intensidade, quando consideradas as variações médias de trimestres contra trimestres imediatamente anteriores. 

Na cidade de São Paulo, os preços dos imóveis novos residenciais subiram em média 1,06% em março, acumulando alta de 20,74% em 12 meses. As outras capitais que tiveram os maiores aumentos no mês passado foram Brasília (1,51%), Goiânia (1,48%), Salvador (1,38%) e Rio de Janeiro (1,07%). 

Registraram aumentos menores em março Belo Horizonte (0,69%), Fortaleza (0,68%), Curitiba (0,61%), Recife (0,58%) e Porto Alegre (0,51%). 

Além de São Paulo, as cidades onde ocorreram os maiores aumentos acumulados em 12 meses foram Rio de Janeiro (19,97%), Brasília (17,46%), Salvador (14,79%), Curitiba (14,18%) e Goiânia (14,02%). 

Elevações menores em 12 meses aconteceram em Porto Alegre (13,41%), Belo Horizonte (9,10%), Fortaleza (8,78%) e Recife (7,11%). 

Comparação trimestral 

Na comparação de cada trimestre com o anterior, houve desaceleração na média das dez capitais pesquisadas: no terceiro trimestre de 2021 o aumento foi de 5,23%; no quarto trimestre de 2021, de 4,51%; e no primeiro trimestre de 2022, de 2,99%. 

Na mesma comparação, os preços médios na cidade de São Paulo se elevaram 6,87% no terceiro trimestre de 2021; 3,99% no quarto trimestre de 2021; e 3,10%no primeiro trimestre de 2022. 

Apenas São Paulo e Rio de Janeiro (que possuem as maiores elevações acumuladas em 12 meses) tiveram desaceleração no quarto trimestre de 2021 em relação ao terceiro. Todas as capitais tiveram desacelerações nos preços nominais de seus imóveis residenciais no primeiro trimestre de 2022, em comparação ao último de 2021. 

Em termos reais (considerando o IPCA), os imóveis residenciais ainda apresentam ganhos na perspectiva da variação acumulada em 12 meses nas capitais analisadas, com exceção de Belo Horizonte, Fortaleza e Recife. Porém, essas variações reais tendem a ser reduzir na medida em que as variações nominais dos imóveis perdem intensidade, enquanto os índices de inflação mantêm-se em patamares elevados, comenta a Abecip. 

De acordo com a entidade, os impactos da manutenção dos índices de inflação em patamares elevados, sobre a renda real e o nível de atividade da economia, representam os principais desafios para a aceleração dos preços reais dos imóveis residenciais nos próximos meses. 

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