Preços dos imóveis residenciais novos seguem em alta

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Preços dos imóveis residenciais novos seguem em alta

Os preços dos imóveis novos residenciais pesquisados em dez capitais registraram elevação de 1,03% em janeiro de 2020, ante os 1,07% de aumento em dezembro de 2019. Com isso, o acumulado de 12 meses encerrados em janeiro passou para 5,17%, acima dos 4,11% acumulados em 2019.

Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira de Entidades de Crédito e Poupança).

O resultado positivo do índice foi mais uma vez “puxado” pelo desempenho dos preços no município de São Paulo: +1,69% em janeiro e +8,66% no acumulado de 12 meses (ante 6,86% do acumulado em 2019).

Os demais municípios também tiveram resultados positivos em janeiro, à exceção do Rio de Janeiro (-0,04% no mês, +1,49% no acumulado de 12 meses). Destacaram-se em janeiro Goiânia (1,3%), Brasília (1,35%), Salvador (1,25%) e Curitiba (1,24%).

No acumulado de 12 meses, as maiores variações registraram-se em Brasília (5,44%), Curitiba (5,08%), Goiânia (4,90%) e Salvador (4,76%), denotando pela primeira vez um ligeiro aumento em termos reais, na comparação com os índices de preços ao consumidor no período.

Na análise da Abecip, os principais indicadores do nível de atividades na economia brasileira na passagem de 2019 para 2020 ainda não permitem identificar uma consistência no processo de retomada capaz de aumentar significativamente a probabilidade de aceleração. No entanto, os níveis historicamente baixos das taxas de juros e a retomada gradual do mercado de trabalho continuam fornecendo argumentos para expectativas positivas em relação à demanda por imóveis residenciais ao longo dos próximos meses, segundo a entidade.

Na visão da associação, esse é um cenário favorável à disseminação da recuperação dos preços do setor em termos reais, por enquanto mais evidente na cidade de São Paulo, para as demais capitais. O ritmo dessa recuperação continua condicionado à aprovação de reformas capazes de melhorar a percepção em relação ao ambiente de negócios, de forma suficiente para alavancar uma retomada do nível de investimentos.

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