Preços dos imóveis residenciais aumentam nominalmente no primeiro trimestre
Por Rafael Marko
Os preços dos imóveis residenciais em dez capitais do país registraram um aumento médio nominal de 0,71% no primeiro trimestre, na comparação com o mesmo período do ano passado. Entretanto, o resultado foi idêntico ao do trimestre anterior, interrompendo uma sequência de ligeira aceleração que vinha acontecendo desde o terceiro trimestre de 2018.
As variações foram apuradas pelo IGMI-R (Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Em março, os preços dos imóveis tiveram aumento de 0,21%, acumulando 0,82% de crescimento em 12 meses. O resultado foi superior ao verificado em fevereiro, que havia mostrado crescimento de 0,68% no acumulado em 12 meses.
Na capital paulista, o indicador subiu 0,38% em março, 2,07% em 12 meses e 1,56% no primeiro trimestre. O destaque negativo mais uma vez foi o do Rio de Janeiro, com queda de 0,32% em março, acelerando o ritmo de queda no acumulado em 12 meses (-1,18% contra -0,88% em fevereiro).
Apesar de também apresentar ligeira queda de 0,05% na variação do mês, os preços em Porto Alegre registram elevações de 0,61% em 12 meses e 0,60% no primeiro trimestre. No Recife, a variação positiva de 0,28% do mês garantiu a desaceleração no ritmo de queda no acumulado em 12 meses (-0,08% em março ante -0,14% em fevereiro). Na comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano anterior, a oscilação está em -0,11%.
Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Salvador, Goiânia e Brasília tiveram ligeiros aumentos nos preços nominais de seus imóveis residenciais em março, e acelerações nas respectivas taxas acumuladas em 12 meses em relação a fevereiro. Estas capitais também tiveram acelerações na comparação do primeiro trimestre com o mesmo período do ano anterior.
Na avaliação da Abecip, mesmo nestes casos onde ocorrem recuperações nos valores nominais dos imóveis residenciais, a trajetória para a estabilidade dos preços reais ainda permanece lenta, ainda considerando-se alguma aceleração inflacionária neste início do ano.
Contudo, esta aceleração dos preços resulta principalmente de questões pontuais de oferta, não representando sinais de elevação consistente dos níveis de consumo e investimento na economia brasileira. Neste contexto, os preços do mercado imobiliário residencial ainda não devem apresentar uma recuperação significativa nos próximos meses, de acordo com a entidade.
Com informações da Abecip