Preços dos imóveis aumentam 0,53% em fevereiro em dez capitais 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Preços dos imóveis aumentam 0,53% em fevereiro em dez capitais 

Os preços nominais dos imóveis novos em dez capitais do país aumentaram em média 0,53% em fevereiro, acima do resultado de janeiro (0,41%). Apesar disso, a variação acumulada em 12 meses até fevereiro desacelerou pelo quarto mês consecutivo, ficando em 9,17%, ante 9,60% no acumulado até janeiro.

Os dados são da pesquisa mensal do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

De acordo com a pesquisa, os preços dos imóveis novos em São Paulo cresceram 1,17% em fevereiro, acumulando 14,82% nos 12 meses. No primeiro bimestre, os preços subiram 2,13%, menos do que os 3,23% do mesmo período de 2020.

Depois de São Paulo, as capitais onde os preços mais subiram em fevereiro foram Brasília (0,56%), Goiânia (0,34%) e Fortaleza (0,25%). No acumulado de 12 meses, os maiores aumentos depois de São Paulo ocorreram em Curitiba (9,60%), Brasília (9,28%) e Porto Alegre (7,82%).

Apesar de Salvador ter sido a única entre as capitais com queda nos preços dos imóveis residenciais em fevereiro (-0,04%), a tendência de desaceleração na variação acumulada em 12 meses foi sentida em todas as capitais. As exceções foram Recife, que se recupera de um patamar muito baixo (passando de 1,53% em janeiro para 1,75% em fevereiro), e Brasília com um pequeno avanço, de 9,12% em janeiro para 9,28% em fevereiro.

A desaceleração das variações recentes fica clara quando comparamos as trajetórias do primeiro bimestre do ano contra o último bimestre do ano anterior, nos três últimos anos. Sob essa perspectiva, em 2021 todas as capitais mostraram desaceleração, salvo o Rio de Janeiro, que registrou estabilidade.

De acordo com a Abecip, o início de 2020 mostra uma tendência geral de recuperação, enquanto o desempenho do início de 2021 é mais bem caracterizado como uma desaceleração. As acelerações recentes dos índices de preços no atacado e para consumidores aumentaram a tendência de desaceleração nos preços reais dos imóveis residenciais.

Segundo a entidade, para os próximos meses a trajetória dos preços dos imóveis residenciais está ligada ao avanço do programa de imunização, em um momento em que a piora acentuada da pandemia impõe medidas de isolamento desfavoráveis à atividade econômica em geral e ao mercado de trabalho. A esse desafio, somam-se a preocupação em relação à dinâmica dos índices de preços ao consumidor e no atacado, que tende a tornar as condições de crédito menos favoráveis, e as dificuldades em conceder novos estímulos econômicos.

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