Preços de imóveis residenciais crescem 0,50% em novembro 

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Preços de imóveis residenciais crescem 0,50% em novembro 

Os preços médios de imóveis residenciais pesquisados em dez capitais se elevaram em 0,50% em novembro, na comparação com outubro, quando haviam subido 0,44%. Já no acumulado de 12 meses, o crescimento foi de 10,54%, ligeiramente inferior aos 10,59% apurados até o final de outubro.

Os dados são do IGMI-R (Índice Geral de Preços do Mercado Imobiliário Residencial) da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). O ligeiro decréscimo no acumulado interrompeu a sequência de aceleração iniciada em fevereiro de 2019.

Na cidade de São Paulo, o IGMI-R subiu 0,82% em novembro, em relação a outubro, quando havia se elevado em 0,59%. Com isso, o índice na capital paulista acumulou aumento de 16,33% em 12 meses (contra 16,35% até o final de outubro).

Depois de São Paulo, as maiores altas no mês registraram-se em Curitiba (0,57%), Brasília (0,54%) e Rio de Janeiro (0,51%). No acumulado de 12 meses, as maiores altas depois de São Paulo aconteceram em Curitiba (10,72%), Salvador (10,45%), Brasília (10,13%) e Goiânia (10,08%).

São Paulo, Fortaleza, Recife, Curitiba, Porto Alegre e Salvador registraram desaceleração no acumulado de 12 meses, enquanto Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Goiânia e Brasília ainda mantiveram a tendência de elevação. Os preços no Janeiro e em Belo Horizonte vêm mostrando recuperação a partir de patamares relativamente baixos. Goiânia e Brasília mantém o nível de recuperação em taxa próxima à média nacional.

Pressão inflacionária 

Na análise da Abecip, a pressão sobre os índices de preços ao consumidor nos últimos meses representa um fator adicional no sentido de perda de intensidade da recuperação de preços reais dos imóveis residenciais.

De acordo com a entidade, os desafios impostos pelos novos desdobramentos da crise sanitária vêm aumentando o sentimento de incerteza, principalmente em relação à dinâmica do mercado de trabalho e ao ambiente de investimentos em geral, conforme apurou a Sondagem da Construção produzida pela FGV/Ibre.

Ainda de acordo com a  Abecip, a perspectiva de evolução dos preços dos imóveis nos próximos meses continua condicionada à redução das incertezas, tanto em relação ao equacionamento da crise sanitária quanto no tocante aos fundamentos macroeconômicos que garantam a continuidade das condições favoráveis de financiamento de um lado, e a recuperação do mercado de trabalho do outro.

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