Preços de imóveis novos elevaram-se no segundo trimestre
Por Rafael Marko
Pesquisa realizada pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) e pela Deloitte junto a 50 empresas da indústria imobiliária residencial entre 21 de junho e 4 de julho mostra que os preços desses imóveis novos tiveram forte aumento no segundo trimestre, principalmente devido à alta no valor dos insumos da construção, e favorecidos também pela queda do juros reais (juros descontados da inflação). A expectativa dos respondentes era de que esse cenário se mantivesse.
De acordo com a pesquisa, o otimismo dos executivos do segmento imobiliário residencial havia voltado a acelerar no 2º trimestre de 2021. A demanda e, consequentemente, as vendas tinham aumentado, sobretudo para imóveis de médio e alto padrão.
As expectativas seguiam firmes e positivas, tanto em curto, médio e longo prazos, na avaliação da Abrainc. A maioria das empresas continuava com elevadas estimativas para aquisição de terrenos e lançamentos imobiliários nos próximos meses.
Mais demanda
Após desaceleração na demanda no primeiro trimestre, os executivos do setor apontavam crescimento no 2º trimestre, sobretudo para as unidades de médio e alto padrão. Imóveis enquadrados no programa Casa Verde e Amarela seguiam sendo bem procurados.
No geral, as vendas no segundo trimestre aumentaram em relação ao anterior, sobretudo para imóveis residenciais de médio e alto padrão, cuja comercialização havia sofrido leve retração no início do ano.
Com o avanço da vacinação contra Covid-19 no Brasil e previsão de retomada na economia, as perspectivas dos executivos eram de aumento nas vendas de imóveis residenciais no próximo trimestre e, também, em 12 meses.
Das empresas pesquisadas, 30% atuam exclusivamente no segmento do Casa Verde e Amarela, 32% no de médio e alto padrão e as 38% restantes, em ambos o segmentos.