PIB da construção cai 2,4% no primeiro trimestre

Rafael Marko

Por Rafael Marko

PIB da construção cai 2,4% no primeiro trimestre

No primeiro trimestre de 2020, o PIB da construção caiu 2,4% na comparação com o último trimestre de 2019. Em relação ao primeiro trimestre o ano passado, a queda foi de 1%, encerrando uma sequência de três trimestres de taxas positivas e levando o setor a retornar ao patamar de atividade do início de 2008.

Os números foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 29 de maio, revelando o retrato do início da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 no país. Nos três primeiros meses de 2020, o PIB nacional registrou quedas de 1,5%, comparado ao último trimestre de 2019, e de 0,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

Na avaliação do vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, o impacto maior não está sendo na atividade da construção formal. “A queda era esperada e deverá se aprofundar ainda mais neste segundo trimestre, principalmente por refletir a paralisação das atividades do segmento informal de autoconstrução e reformas. Já a grande maioria das construtoras formais do país continua operando, com todos os cuidados necessários à preservação da saúde dos trabalhadores”, comenta.

Já o PIB das atividades imobiliárias ainda registrou um ligeiro aumento, de 0,4%, no primeiro trimestre de 2020, na comparação com o último de 2019. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve aumento de 1,6%, indicando a expansão na comercialização de imóveis que acabou sendo interrompida pela decretação do estado de emergência, com o isolamento social e o fechamento dos estandes de vendas imobiliárias.

No primeiro trimestre, a taxa de investimento foi de 15,8% do PIB, acima do observado no mesmo período do ano anterior (15%). “Para caracterizar um crescimento sustentado da economia, essa taxa deveria estar sete pontos percentuais acima. Com a perspectiva de nova queda neste trimestre, ficaremos ainda mais distantes do crescimento almejado. A necessidade de restabelecimento da confiança para voltarmos a atrair investimentos é premente”, afirma Eduardo Zaidan.

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