Persiste o pessimismo do empresário da construção, diz CNI

Rafael Marko

Por Rafael Marko

Persiste o pessimismo do empresário da construção, diz CNI

O Índice de Confiança do Empresário da Construção (Icei-Construção) registrou 37,6 pontos em maio, após aumento de 2,8 pontos frente a abril. Contudo, permanece 12,4 pontos abaixo da linha divisória dos 50 pontos, revelando falta de confiança dos empresários. O indicador vai até 100 pontos.

É o que mostra a Sondagem da Indústria da Construção da CNI (Confederação Nacional da Indústria), realizada de 4 a 13 de maio junto a 420 empresas do setor, sendo 150 de pequeno porte, 180 de médio e 90 de grande porte.

Os componentes do Icei-Construção mostram que, embora o pessimismo com relação aos próximos seis meses tenha diminuído, a avaliação das condições correntes se tornou mais negativa. Enquanto o Índice de Expectativa aumentou 7 pontos, o Índice de Condições Atuais caiu 5,6 pontos.

O nível de atividade e o número de empregados na indústria da construção seguiram em queda em abril, refletindo os efeitos da pandemia. Os índices continuam em patamar muito abaixo da linha divisória de 50 pontos, indicando queda intensa e disseminada quando comparados ao mês anterior.

Capacidade operacional

A Utilização da Capacidade Operacional (UCO) reflete os efeitos da queda da atividade econômica. O UCO registrou seu menor valor percentual, recuando 2 pontos percentuais em relação a março e chegou a 50% em abril, o valor mais baixo da série histórica, iniciada em janeiro de 2012.

O indicador de evolução do nível de atividade registrou 29,4 pontos, o segundo menor valor da série histórica, abaixo apenas do valor observado em março.

Emprego cai

O índice de evolução do número de empregados recuou para 24,1 pontos, o terceiro menor valor da série, superando apenas os registros de dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

O índice de intenção de investimento (compras de máquinas e equipamentos, pesquisa e desenvolvimento, inovação de produto ou processo) manteve-se praticamente inalterado na passagem de abril para maio, passando de 25,7 para 25,4 pontos. É o menor valor desde julho de 2016, quando registrou 25,3 pontos, durante a crise anterior.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

O que você precisa saber.
As últimas novidades sobre o mercado,
no seu e-mail todos os dias.

Pular para o conteúdo